A Vibra Energia iniciou conversas com a Cosan para uma eventual compra da Moove, a gigante de lubrificantes que a Cosan tentou listar na Bolsa ano passado, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

As conversas começaram em virtude do interesse da CVC, que tem 30% do capital da Moove, em vender o ativo. O fundo de private equity busca sair do investimento desde a tentativa de IPO. 

A CVC está trabalhando com a Lazard. A Vibra é assessorada pelo Citi, e a Cosan trabalha com o Bank of America e JP Morgan na avaliação de seu portfólio.

As conversas começaram há alguns meses mas não prosperaram depois de diversas idas e vindas.

A Vibra manifestou interesse em comprar 100% da Moove, mas uma fonte próxima à Cosan disse ao Brazil Journal que Rubens Ometto não tem interesse em vender o controle da companhia de lubrificantes. 

A abordagem da Vibra vem quase um ano depois da Cosan e da CVC tentarem listar a Moove na Bolsa de Nova York e num momento em que a Cosan avalia seu portfólio em busca de alternativas que permitam reduzir sua alavancagem. 

O IPO da Moove chegou a ser lançada em outubro, com os controladores buscando um múltiplo de 7x EV/EBITDA, o que daria um valuation de cerca de R$ 10 bilhões.

A Moove é uma das maiores fabricantes e distribuidoras de lubrificantes da América Latina, e tem a exclusividade da marca Mobil no Brasil.

A empresa – que a Cosan comprou junto com a rede de postos da Esso em 2008 – vende produtos para diversos setores, principalmente o automotivo e industrial, e tem operações na América Latina, Estados Unidos e Europa. Hoje quase metade de sua receita já é em moeda forte.