A Plurix, a holding de varejo alimentar do Pátria, chegou a um acordo para comprar o controle do Grupo Amigão, uma rede com 65 lojas no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
Esta é a 12ª aquisição da Plurix – e a sua maior até agora – como parte de estratégia de rollup do Pátria de adquirir redes regionais e gerar sinergias.
O Amigão é a segunda maior rede de supermercados do Paraná, com R$ 4,2 bilhões de faturamento no ano passado, atrás apenas do Super Muffato.
O Grupo Amigão – anteriormente chamado Companhia Sulamericana de Distribuição – já foi uma investida da Actis, mas foi recomprado pelos acionistas quando a Actis encerrou o fundo no Brasil.
A aquisição – que está prestes a ser anunciada – acontece depois de conversas que duraram quase dois anos.
Com a compra, a Plurix vai para um faturamento total estimado de R$ 10 bilhões e passaria a ocupar a nona posição do ranking da Abras, com base nos dados de faturamento de 2023.
Segundo uma fonte, o valuation do Grupo Amigão saiu a um prêmio dos comparáveis na Bolsa.
Em 2021, a Plurix comprou as redes Super Pão, do Paraná, e Boa Supermercados, no interior de São Paulo. No ano passado, adquiriu a rede Avenida, presente na região de Assis.
A estratégia é tocada por Jorge Faiçal, o ex-CEO do GPA, e Marcos Ambrosano, ex-CEO do Makro Brasil e do Sam’s Club e hoje operating partner do Pátria. O sócio líder do investimento é Pedro de Andrade Faria, o ex-CEO da BRF e ex-sócio da Tarpon.
Fora da Plurix, o Pátria também investiu no setor com a aquisição do Atakarejo, uma rede de cash & carry baiana, pela qual pagou R$ 700 milhões por 56% do negócio, que fatura cerca de R$ 3,7 bilhões.
Pinheiro Neto assessorou a Plurix.
UBS BB e o Guizeline Teixeira Advogados assessoraram o Grupo Amigão.