Um grupo de investidores formado pelo BTG Logística FII (BTLG11), a Áurea Asset, a Construtora São José e clientes do wealth management do Credit Suisse acaba de comprar o terreno da fábrica da Ford em São Bernardo, pessoas envolvidas na negociação disseram ao Brazil Journal.
A aquisição vai dar origem a um dos maiores parques logísticos da América Latina, a 10 km do centro de São Paulo, na primeira rua que divide a capital de São Bernardo do Campo — um last-mile ideal para a logística de ecommerce, medicamentos, resfriados e refrigerados.
O grupo pagou R$ 557 milhões pelo terreno de 1 milhão de metros quadrados, onde serão construídos 460 mil metros quadrados de 12 galpões triple-A. (Para efeito de comparação, o parque logístico que a GLP está construindo na Ayrton Senna terá 550 mil metros.)
O projeto vai consumir R$ 600 milhões em investimento em suas três fases. A primeira fica pronta em 2021, e a última, daqui a três anos. O legado da fábrica da Ford, desativada recentemente, vai acelerar o projeto: infraestrutura de pavimentação, hidráulica, elétrica e saneamento prontos para uso.
Quando estiver pronto, o complexo deve gerar mais de 4.500 empregos; a fábrica da Ford empregava 2.800.
O BTG Logística terá 25% do empreendimento; os outros investidores dividirão o resto, com uma parte significativa vindo de clientes do Credit Suisse.
A Áurea Asset é uma joint venture que está sendo formada pela FRAM Capital e Marcelo Hannud — um veterano de 42 anos de mercado imobiliário que originou o negócio com a Construtora São José.
A São José ganhou como azarão num páreo que envolvia pesos-pesados do mundo de real estate como Autonomy, GLP e Brookfield. A concorrência foi organizada pela CBRE.
“Este é um dos poucos sites em que o inquilino consegue entrar de carreta e sair de moto direto para São Paulo,” Hannud disse ao Brazil Journal. “É o sonho de consumo para o ecommerce.”
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