A Lumina Capital Management começou conversas com investidores institucionais nos Estados Unidos para levantar seu segundo fundo.
Investidores a par do assunto disseram ao Brazil Journal que a gestora de Daniel Goldberg pretende levantar um novo veículo de US$ 1,1 bilhão para investimentos em ativos líquidos e ilíquidos.
Mas diferentemente do que fez em sua estreia há dois anos, desta vez a gestora não pretende abrir um veículo onshore para investimentos no Brasil.
O mandato do novo fundo será global – enquanto o fundo offshore anterior tinha um mandato apenas de América Latina – e deve ter como principais estratégias financiamentos de M&A, empréstimos DIP e empréstimos-ponte, bem como crédito e preferred equity.
Goldberg tem dito a investidores que, agora que o capital disponível para private equity ficou escasso na América Latina, o novo fundo provavelmente terá exposição a essa estratégia. Da mesma forma, o longo período de fechamento do mercado de IPOs tem criado oportunidades de investimentos “pre-IPO” interessantes.
No início de 2022, a Lumina levantou um fundo offshore de US$ 700 milhões focado na América Latina e um veículo onshore de cerca de R$ 2 bilhões focado apenas no Brasil.
Segundo um investidor do fundo global, o retorno bruto do fundo – que já foi praticamente todo investido – está em torno de 20% em dólares ao ano.
Alguns investimentos do primeiro fundo offshore se tornaram públicos: uma posição em dívida soberana da Argentina, uma injeção de equity preferencial na Elfa – a distribuidora farmacêutica controlada pelo Pátria – e, mais recentemente, um investimento em crédito estruturado para financiar um projeto de infraestrutura no Panamá.