A Lumina Capital Management fechou a captação de seu fundo III com cerca de US$ 1,5 bilhão, investidores do fundo disseram ao Brazil Journal.

Assim como os veículos anteriores, o terceiro fundo da gestora de special situations de Daniel Goldberg, Guilherme Loures, Fernando Chican e Marco Kheirallah continuará a se dedicar a soluções de capital tanto em crédito quanto em equity. Apesar do foco na América Latina, o novo fundo tem um mandato geográfico amplo e pode investir em qualquer mercado.

Daniel Goldberg

Segundo famílias brasileiras que participam do fundo, cerca de 85% do passivo do novo fundo está vindo de endowments, fundações e fundos de pensão, predominantemente dos EUA e Canadá.

Segundo esses investidores, cerca de metade do fundo II da Lumina foi investido fora da América Latina, em especial nos Estados Unidos e Reino Unido.

Um dos grandes focos do fundo II foram investimentos em energia. A Lumina é, por exemplo, o maior investidor privado na New Fortress Energy/NFE do Brasil.

Goldberg tem aproveitado oportunidades criadas pelos problemas gerados com a expansão de energia renovável e o curtailment da geração em empresas de energia solar e eólica. A Lumina já tem exposição no Chile, Colômbia, EUA e Brasil.

Numa recente reunião com clientes locais, Goldberg descreveu a iniciativa da Lumina no financiamento de fintechs e neobanks, dando como exemplo o banco digital mexicano Plata. A Lumina criou um facility de cerca de US$ 100 milhões para financiar o portfólio de crédito do banco digital.

No Brasil, um ano atrás a Lumina investiu R$ 400 milhões no Agibank, avaliando o banco de Marciano Testa em R$ 9,3 bilhões post money.

Com a nova captação, Lumina já levantou um total de US$ 5 bilhões nos últimos quatro anos, mas grande parte do fundo I já foi retornado aos investidores. 

Os ativos sob gestão hoje estão ao redor de US$ 3 bilhões.

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