Pelo menos mais um fundo de private equity também está falando com a companhia, e um terceiro já abandonou o processo.
O valor do aporte deve ficar entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões. Na B3, a IMC vale cerca de R$ 780 milhões.
Com uma base de lojas altamente dependente de aeroportos e shoppings, a companhia está queimando caixa.
No desenho que está sobre a mesa, os maiores acionistas da IMC abririram mão de seus direitos de subscrição para permitir a entrada do novo investidor.
A família de Carlos Wizard Martins detém 13% da IMC, enquanto fundos controlados pelo Itaú Unibanco têm mais 21% do capital. Os Martins e o Kinea se tornaram sócios ano passado, quando o Kinea comprou 20% da Wiser Educação, o grupo que reúne as escolas de idiomas WiseUp e NumberOne.
A IMC, que reportou seu primeiro trimestre ontem, começou a sentir os efeitos da quarentena no primeiro tri e se prepara para um segundo trimestre ainda mais difícil.
Em março, o último mês reportado, as vendas no conceito mesmas lojas caíram 40% nos aeroportos, e 32% nas rodovias. A operação de catering está praticamente parada com boa parte dos aviões no chão. Finalmente, os negócios da companhia nos EUA são diretamente ligados ao entretenimento e à indústria hoteleira, ambos fechados pela pandemia.
Os shoppings do Rio e São Paulo reabrem agora no meio de junho, mas sem prazo para a reabertura da praça de alimentação.