A HSI está pagando R$ 550 milhões pelo Hilton Copacabana, em mais uma aposta da gestora imobiliária de Max Lima na retomada do Rio de Janeiro, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

O Hilton Copacabana tem 545 quartos, o que implica um preço por quarto de cerca de R$ 1 milhão. 

Para efeito de comparação, a HSI comprou o Hilton São Paulo há quatro anos pagando os mesmos R$ 1 mi por quarto. Ou seja, mesmo com a inflação de quatro anos, a gestora conseguiu pagar o mesmo preço.

O vendedor é a Blackstone, que havia comprado o prédio em 2017, quando ele era operado pela rede Windsor. No mesmo ano, a Blackstone trocou a bandeira para o Hilton.

A transação foi oportunística. A Blackstone está vendendo porque está de saída do Brasil desde 2019, quando Marcelo Fedak, que cuidava dos investimentos imobiliários da gestora na América Latina, deixou a companhia para fundar a Blue Macaw. 

“Este era o último grande ativo deles,” disse um broker no Rio com conhecimento da transação. “Foi uma transação off-market, sem um processo competitivo. Como a HSI já tinha o Hilton São Paulo, eles eram o comprador mais óbvio.”

Segundo esta fonte, o Hilton Copacabana está performando bem, com uma ocupação alta. Mas a tese da HSI é que o hotel deve se beneficiar de uma retomada do setor nos próximos anos. 

“As ocupações dos hotéis do Rio estão pouco a pouco voltando aos níveis pré-pandemia, e os preços das diárias, que estavam muito depreciados, estão voltando a subir. Sem nova oferta, os hotéis existentes vão surfar muito bem essa retomada,” disse a fonte.

A aquisição provavelmente faz parte de uma estratégia mais ampla da HSI. A gestora tem dito a investidores que pretende criar um fundo imobiliário de hotéis e levar o ativo para a Bolsa.

Além do Hilton São Paulo e do Hilton Copacabana, a HSI é dona de 17 hotéis da bandeira Ibis espalhados pelo interior de São Paulo. No total, tem mais de 2.000 quartos. 

A transação é a mais recente aposta da HSI no Rio de Janeiro e vem um mês e meio depois da gestora ter comprado a sede da Oi no Leblon para transformá-la em um prédio corporativo triple-A.