A venda está sendo conduzida pela JLL, a antiga Jones Lang LaSalle, e faz parte de uma revisão global do portfólio do Hilton. O prédio do Morumbi pertence a um fundo imobiliário da Hilton Worldwide Holdings que está desinvestindo de ativos internacionais para reinvestir o capital em hotéis nos EUA.
Com 505 quartos, o Hilton do Morumbi gerou cerca de R$ 40 milhões em EBITDA no ano passado. Brokers especializados estimam que um ativo desta escala e qualidade conseguiria um preço de mais de 10 vezes a geração de caixa.
Os investidores na disputa vêem potencial para o imóvel se valorizar de duas formas: investimentos que melhorem a qualidade do prédio e permitam um aumento da diária e a melhora da economia como um todo. Um retrofit em 2017 reformou metade dos quartos do Hilton; a outra metade será reformada pelo comprador.
Apesar do PIB ainda não ter reagido, os hoteis corporativos em São Paulo já estão com ocupação média de 70%, de volta aos níveis de 2012 e 2013.
Como a média inclui os sábados e domingos, ela mascara uma ocupação ainda maior nos dias úteis. “A partir desse nível, já não tem muito espaço pra melhora,” diz uma fonte do setor. “A próxima pernada agora é no preço.”
Quem quer que seja o comprador, o mais provável é que o ativo acabe dentro de um fundo imobiliário.