Quatro investidores institucionais estão competindo para levar o prédio do hotel Hilton, no bairro do Morumbi, um ‘trophy asset’ na paisagem de São Paulo.
 
Brookfield, BTG Pactual, XP Investimentos e HSI/GIC estão na reta final da disputa, que deve ser decidida nas próximas semanas, fontes envolvidas no processo disseram ao Brazil Journal.  

A venda está sendo conduzida pela JLL, a antiga Jones Lang LaSalle, e faz parte de uma revisão global do portfólio do Hilton.  O prédio do Morumbi pertence a um fundo imobiliário da Hilton Worldwide Holdings que está desinvestindo de ativos internacionais para reinvestir o capital em hotéis nos EUA.

Com 505 quartos, o Hilton do Morumbi gerou cerca de R$ 40 milhões em EBITDA no ano passado.  Brokers especializados estimam que um ativo desta escala e qualidade conseguiria um preço de mais de 10 vezes a geração de caixa.

Os investidores na disputa vêem potencial para o imóvel se valorizar de duas formas:  investimentos que melhorem a qualidade do prédio e permitam um aumento da diária e a melhora da economia como um todo. Um retrofit em 2017 reformou metade dos quartos do Hilton; a outra metade será reformada pelo comprador.

Apesar do PIB ainda não ter reagido, os hoteis corporativos em São Paulo já estão com ocupação média de 70%, de volta aos níveis de 2012 e 2013.  

Como a média inclui os sábados e domingos, ela mascara uma ocupação ainda maior nos dias úteis.  “A partir desse nível, já não tem muito espaço pra melhora,”  diz uma fonte do setor. “A próxima pernada agora é no preço.” 

Quem quer que seja o comprador, o mais provável é que o ativo acabe dentro de um fundo imobiliário.