A Eneva notificou a Agência Nacional do Petróleo de que encontrou indícios de gás natural na área conhecida como Morada Nova, uma das seis áreas que são o foco de sua campanha exploratória na Bacia do Parnaíba, no Maranhão.
Este é o terceiro poço no Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) de Morada Nova que revela indícios de gás natural.
A notificação à agência foi feita em 20 de julho, mas a Eneva, ao contrário de sua predecessora, a MPX Energia, tem como política não comunicar ao mercado a descoberta de indícios, dado que alguns podem nunca se tornar reservas.
Se os indícios se revelarem uma área com viabilidade comercial, a descoberta pode ser relevante porque a área onde o gás foi encontrado é adjacente aos campos de Gavião Caboclo e Gavião Preto, clusters de produção onde a Eneva já opera, o que reduz os custos de desenvolvimento do novo site.
A notificação precede o relatório final de avaliação de descoberta — no qual a empresa vai declarar se o campo é comercialmente viável. Os seis PAD em exploração pela Eneva têm datas de encerramento entre o terceiro trimestre deste ano e o primeiro tri de 2019.
Qualquer descobrta de gás será acompanhada de perto pelos investidores. Para eles, o maior risco para a tese de investimento em Eneva é a possibilidade da empresa não encontrar mais gás, ou não ter gás suficiente para honrar seus contratos.
Quando o despacho está em sua capacidade máxima, as térmicas da Eneva consomem 8,4 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A companhia tem reservas provadas de 18,4 bilhões de metros cúbicos de gás.
Hoje, a Eneva tem quatro campos em produção: Gavião Caboclo, Gavião Branco, Gavião Vermelho e Gavião Real. Gavião Azul foi declarado comercial em abril de 2011 e entrou em produção em novembro de 2017. A Eneva também tem os campos de Gavião Branco Norte e Gavião Preto, os quais serão desenvolvidos de acordo com o despacho das usinas.
Os maiores acionistas da Eneva são o BTG Pactual, com 27%, e a Cambuhy — companhia de investimentos do banqueiro Pedro Moreira Salles e de seus sócios Marcelo Medeiros, Pedro Bodin e Marcelo Barbará — que é dona de 23% do capital.