A Synapcom — uma empresa de ‘full commerce’ que opera as lojas virtuais de marcas como Samsung, Philips, Diageo e Unilever — está conversando com fundos de private equity para uma rodada pré-IPO de R$ 100 milhões a R$ 200 milhões, pessoas a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
As conversas estão em estágio inicial, e os recursos serão usados para expandir a operação logística, investir em tecnologia e ampliar a atuação em outros países da América Latina onde a companhia já está presente. A Synapcom já opera no Chile e México, está abrindo o mercado da Colômbia e pretende chegar à Argentina em 2021.
O chamado ‘full commerce’ é uma solução completa para lojas online que inclui da gestão da logística ao SAC, da equipe de vendas ao backoffice.
A rodada — num momento em que o ecommerce mudou de patamar graças à pandemia — é a primeira desde que a Synapcom surgiu em 2017. Até então, a empresa era parte da Shop2gether, o ecommerce de moda que se fundiu com a OQVestir formando o Icomm Group.
A Synapcom deve fazer um GMV entre R$ 800 milhões e R$ 900 milhões este ano; a companhia tem um ‘take rate’ médio de 15%.
O controlador da Synapcom é Eduardo Kyrillos, que co-fundou o Grupo Icomm com Eduardo Fregonesi, o CEO da Synapcom.
A ideia é que a rodada seja a última antes de um IPO da empresa, que pode ocorrer nos próximos um ou dois anos.
A Synapcom está monetizando um fenômeno crescente: cada vez mais as indústrias estão criando suas próprias lojas virtuais, reduzindo sua dependência de varejistas e marketplaces e vendendo diretamente para o consumidor.
Hoje, a Synapcom atende 57 clientes e tem uma receita relativamente pulverizada. Cerca de 30% dos clientes respondem por 80% do GMV, enquanto os ‘top 5’ tem uma fatia de 25%.