Um dos melhores gestores de fundos de ações do Brasil, Dório Ferman gosta (muito) de Vale, acha que a Petrobras vai melhorar mesmo com a reeleição de Dilma, e é agnóstico em relação ao câmbio. “O câmbio é a areia movediça de seu previsor”, diz, citando um adágio que aprendeu em quase 40 anos analisando o macro para escolher ações.

10109 0fc0b4f8 d6ac 0082 0001 c745fe5c9969Perdeu dinheiro no último ano com uma aposta que parecia sensata e segura: chegou a ter 70% de seu fundo em Vale. “O negócio Vale tem ido melhor do que nós esperávamos, mas o mercado ainda não premiou” a empresa. Paciência.

O histórico de Dório lhe dá o benefício da dúvida. Ao longo dos últimos 28 anos, ele conseguiu gerar para os cotistas de seu Opportunity Lógica II quase 84 vezes o resultado do Ibovespa no mesmo período.

Desde que foi aberto em março de 86, o Lógica II rendeu em média 27,1% por ano (em dólar). Um investimento de mil dólares no início do Lógica hoje valeria US$ 840 mil.

Para comparar, o mesmo investimento no Indice Bovespa valeria hoje US$ 10 mil.

O Opportunity administra R$ 19,5 bilhões em fundos de investimento, sendo que R$7,5 bilhões são geridos diretamente por Dório.

Sobre o ajuste macroeconômico esperado para 2015, ele diz: “O ano vai ser difícil, mas o futuro pode ser bom, então [a Bolsa] pode subir.”

Ele também falou de seus investimentos na ALL e no BTG.

O áudio da conversa com Dório está publicado abaixo.