Pequena boa notícia para a Petrobras, o Tesouro Nacional e endividados em geral.
O Man GLG, um dos maiores hedge funds do mercado, acaba de montar um time para investir na dívida de países emergentes. (No mundo pós-Bernanke, quem investe em dólar não aguenta mais o juro a zero, o que nos levará fatalmente à próxima bolha — mas isso é uma outra história.)
Hoje, o Man GLG anunciou cinco novos nomes para o time, incluindo Maria do Carmo Cal, que até ontem era uma managing director e chefe da área de mercado de captais do Itaú BBA em Londres. O líder do time é Guillermo Ossés, que já trabalhou na PIMCO e no HSBC Asset Management, entre outros lugares. Ele foi contratado em janeiro.
O Man GLG foi criado quando o Man Group comprou o GLG em 2010, dando origem a um ‘super hedge fund’ que administrava, à época, US$63 bilhões. (A manchete do Wall Street Journal foi cômica: “GLG Says I Love You, Man”)
Em março deste ano, os ativos sob gestão do fundo haviam caído para apenas US$28 bilhões, ainda assim um tamanho mastodôntico.
O mercado de dívida soberana — a dívida tomada por países e não por empresas — está quente nos últimos meses. Depois de 15 anos como um pária do mercado de crédito, a Argentina conseguiu vender US$16,5 bilhões em títulos em abril (a demanda ultrapassou US$68 bi). Nas últimas semanas, outros emergentes como o Catar e os Emirados Árabes Unidos também tiveram uma recepção calorosa no mercado.
A venda de títulos por parte de países emergentes na primeira metade deste ano já é a maior dos últimos 10 anos, pelo menos.