Dilma RousseffA queda de 1,85% da Bovespa hoje mostra que uma vitória da oposição na eleição de outubro já está mais do que precificada pelo mercado — pelo menos, como diria a Presidente, “no que se refere” ao curto prazo.

Desde que a Bolsa bateu nas mínimas em meados de março, o Ibovespa subiu cerca de 21%. Dois fatores contribuíram para a alta: a maioria dos mercados emergentes subiu no período, levando o Brasil junto, e a Presidente Dilma começou a fraquejar nas pesquisas.

De lá pra cá, de acordo com dados do Credit Suisse, os investidores internacionais entraram com R$ 7 bilhões na Bolsa brasileira, enquanto os investidores locais ficaram parados.

Hoje, quando Ricardo Noblat noticiou que uma pesquisa no fim de semana mostrará que Dilma “parou de cair” e talvez “recupere alguns pontinhos”, foi a senha para quem ganhou com a alta recente botar a grana no bolso e a viola no saco.

Lá fora, as bolsas estão nas máximas históricas ou perto delas, e a chamada volatilidade (uma medida de risco) está nas mínimas.  Nessas ocasiões, é bom o investidor ficar perto da porta de saída — ou pelo menos comprar um seguro.

“O macro está muito preponderante”, diz um gestor com uma boa quilometragem. “Está todo mundo olhando primeiro a eleição, depois a economia, e só por último os fundamentos das empresas”.

Tradução: A estabilização do quadro político e os dois meses de alta nas bolsas mundiais sugerem que o mercado (aqui e lá fora) tem boas chances de continuar caindo nos próximos dias.