O Banco Daycoval acaba de levantar um empréstimo de US$ 400 milhões (R$ 2,3 bi ao câmbio de hoje) junto ao IFC, do Banco Mundial, e um sindicato de dez outras instituições financeiras — incluindo bancos brasileiros e internacionais.
Um quarto dos recursos será destinado para financiar pequenas empresas lideradas por mulheres, uma iniciativa que faz parte do “Gender Program” do IFC. Outros 30% irão para companhias de regiões menos favorecidas do Brasil (onde o PIB cresce abaixo da média nacional); e o restante será destinado para PMEs em geral.
A relação do Daycoval com o IFC já vem de longa data. Nos últimos anos, o banco fez 11 captações com a instituição e, quando o Daycoval era listado na Bolsa, o IFC era um de seus maiores acionistas (tinha cerca de 5% da empresa).
O prazo do empréstimo é de 3,5 anos. A taxa não foi revelada, mas Paulo Saba, o diretor de tesouraria, disse que o custo é um pouco mais competitivo que o custo médio de funding do Daycoval.
O dinheiro do empréstimo não é carimbado, mas trimestralmente o IFC fará uma diligência para checar se o Daycoval está mantendo os covenants.
Os outros bancos no sindicato são: Itaú BBA; Santander; Industrial and Commercial Bank of China; Banco Latinoamericano de Comercio Exterior; Standard Chartered; Banco de Occidente; Bradesco BAC Florida; Bancaribe Curaçao; Banco de Crédito e Inversiones; e BHD International.
O Daycoval tem uma carteira de crédito de R$ 37 bilhões, dos quais R$ 30 bi junto a empresas. Desses, 80% são para PMEs — companhias que faturam menos de R$ 300 milhões/ano, na definição do banco.
No ano passado, o Daycoval teve lucro líquido de R$ 1,2 bilhão e um ROE de cerca de 30%.