A B3 estendeu um waiver que permite à Dasa descumprir o free float mínimo estabelecido pelo Novo Mercado – hoje 25% – até 10 de maio de 2024. A companhia já opera com este waiver desde seu re-IPO em abril de 2021.
Mas ao pedir a extensão, a Dasa – cujo free float hoje é de 12,7% – pediu à Bolsa para permitir um free float temporário de no mínimo 10,3%, “em decorrência de eventual programa de recompra da companhia.”
Gestores comprados no papel dizem que uma recompra de 2% do capital equivaleria a cerca de R$ 200 milhões – o equivalente a mais de 60 dias de pregão, dado que o papel tem negociado R$ 3 milhões/dia nos últimos 30 dias.
O caso da Dasa – cuja ação cai 72% nos últimos 12 meses – é comum a outras empresas. Com a Bolsa na sarjeta, as companhias destruiriam valor para o acionista se fizessem ofertas no preço de hoje apenas para se enquadrar no regulamento.
As recompras diminuem ainda mais a liquidez do papel – mas servem para sinalizar ao mercado que a empresa acredita que o preço de tela está errado.