Com a vida (e as viagens) voltando a um mínimo de normalidade, a CVC Brasil está se preparando para levantar R$ 400-500 milhões numa oferta de ações — a última perna de uma capitalização de R$ 1,1 bilhão que começou no ano passado.

A transação é relativamente pequena. Com sua ação em alta de 36% este ano, o valor de mercado da CVC já está em R$ 5,5 bilhões.

A companhia disse agora à noite que contratou o Citigroup e o BTG Pactual para assessorá-la na operação, cujo formato ainda não está definido.  Pode ser um follow-on (aberto a todo o mercado) ou uma oferta prioritária, focada nos atuais acionistas, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.

No ano passado, a CVC desenhou um plano para levantar R$ 700 milhões em duas tranches:  R$ 300 milhões em setembro (a R$ 12,84 por ação) e R$ 400 milhões em fevereiro deste ano (no mesmo preço), quando os acionistas exerceram bônus de subscrição.  O papel hoje negocia ao redor de R$ 27.

O acordo feito com credores em novembro prevê mais uma de no mínimo R$ 400 milhões que deve ocorrer ainda este ano.

Quando a pandemia fechou a economia, a CVC renegociou sua dívida:  a maior parte da dívida da CVC está na forma de debêntures detidas por tesourarias de bancos como Itaú, Bradesco, Santander e Credit Suisse.  

A alavancagem da CVC tem caído persistentemente, e a oferta ficará perto de colocar a companhia numa posição de caixa líquido.  A dívida líquida da operadora caiu de R$ 1,67 bi no primeiro tri de 2020 para R$ 730 milhões no quarto tri e R$ 600 milhões no primeiro trimestre deste ano.

O Opportunity é o maior acionista da companhia, com 13,5% do capital, uma posição construída no olho do furacão da covid.