O Opportunity pediu voto múltiplo na assembleia de acionistas da CVC e vai indicar dois dos sete conselheiros, exercendo uma representação mais ativa num momento em que aumenta sua posição na operadora de turismo. Outras gestoras já estão alinhadas com as indicações.
“Confiamos muito no management mas dado o tamanho da posição achamos que vale a pena estar no board,” disse uma fonte da gestora.
No dia 10 de abril, o Opportunity disse que havia ultrapassado a barreira dos 10% no capital da CVC, mas, de lá pra cá, já aumentou sua posição para quase 13%. Desde que a gestora começou a comprar a ação, no pior momento da crise, o papel já subiu de cerca de R$ 6 para mais de R$ 14.
A gestora vai indicar Eduardo Azevedo — um sócio da área de private equity com nove anos de Opportunity — e Felipe Dias, sócio da Visagio Consultoria e um ex-analista da Squadra que já foi conselheiro da CVC e conhece o CEO Leonel Andrade da época em que foi membro independente do conselho da Smiles.
Felipe também está nos conselhos da Technos, Eletrobras, Petrorio e Santos Brasil.
A indicação dos dois nomes foi negociada com os outros candidatos e deve significar a não eleição do co-fundador da Stone, Eduardo Pontes, e de Igor Xavier Correia Lima, ex-COO da Kroton e ex-McKinsey que já tem assento no board da Yduqs.
O chairman será Silvio Genesini, atualmente o vice chairman da empresa. Genesini — um ex-sócio da Accenture que já presidiu a Oracle Brasil e o Grupo Estado — teve papel ativo nas articulações para a nova chapa.
Estas, no entanto, não devem ser as últimas mudanças no board da CVC. A companhia disse na semana passada que contratou o Itaú BBA para uma potencial oferta de ações. Um novo quadro acionário decorrente da oferta pode gerar a necessidade de uma nova acomodação no conselho.