Um estudo clínico num hospital de Chicago está mostrando resultados promissores no tratamento do coronavírus. 

O estudo de fase 3 envolve o antiviral Remdesivir, desenvolvido pela Gilead, uma gigante de biotecnologia.

Segundo a publicação especializada em saúde STAT News,  a maioria dos pacientes (todos em situação grave) tratados com o medicamento “tiveram uma recuperação rápida da febre e dos sintomas respiratórios” e receberam alta em menos de uma semana. 

A STAT obteve a gravação de uma videoconferência em que a coordenadora do clinical trial, Kathleen Mullane, compartilhava os resultados positivos com colegas da Escola de Medicina da Universidade de Chicago.

A Gilead já havia dito que espera os resultados deste trial para o mês de abril.  Na videoconferência, Mullane disse que os dados dos primeiros 400 pacientes estariam fechados nesta quinta, “o que significa que os resultados podem sair a qualquer momento,” disse a STAT.

A notícia saiu depois do fechamento de Nova York e fez as ações da Gilead dispararem 15% no aftermarket. O S&P subiu 2%.  

Hope is a precious thing.

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Depois de exonerar Mandetta, Bolsonaro partiu pra cima de Rodrigo Maia.

Numa entrevista ao vivo à CNN Brasil agora à noite, chamou Maia de “irresponsável”, disse que ele “quer quebrar o país” e “não tem coração verde amarelo,” entre outras gentilezas.  É a entrevista mais agressiva já dada pelo Presidente.

A cena lembrou muito o meme dos negões carregando o caixão. Só que o enterro é nosso.

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Rubens Ometto, da Cosan, Pedro Passos, da Natura, Alfredo Setúbal, da Itaúsa, e Carlos Jereissati, do Iguatemi, debateram os efeitos da crise em seus negócios numa live do Credit Suisse. 

10560 71c7f80c 8eb0 9f1b 3739 9289fe6880a5Na Cosan, Rubens disse que há situações distintas. Enquanto alguns negócios, como a Rumo, continuam a pleno vapor, outros estão sofrendo muito.

“O problema mais complexo é a Raízen,” disse ele. “A área de combustíveis chegou a ter queda de 50% na receita, mas já está se recuperando e chegando em 70% da capacidade. Mas a parte de etanol está muito complicada… A redução do consumo e do preço está machucando muito as usinas que já tinham sofrido demais com a política energética da Dilma e estavam começando agora a se recuperar.”

Segundo ele, o setor tem discutido com o governo medidas como um imposto de importação sobre derivados de petróleo (o que poderia melhorar a rentabilidade da Petrobras), e a eliminação do PIS/COFINS sobre o etanol.

O impacto nos outros negócios: queda de 15% na receita da Comgás e de 50% na área de lubrificantes.

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Na Natura, Passos disse que 30% dos países em que a empresa opera ainda não tiveram nenhuma restrição.  Nos que tiveram, as 6 milhões de consultoras da empresa têm buscado outras formas de fazer as vendas, como pelo whatsapp e redes sociais. 

“A venda direta está se transformando num social selling e isso vai ser uma consequência positiva dessa crise.”

Passos disse temer um aumento expressivo da judicialização caso a pandemia se estenda por muito tempo. 

“No curto prazo, minha impressão é que o bom senso e as negociações privadas vão resolver,” disse ele. “Mas, dependendo da magnitude da crise, vamos ter rompimento de contratos importantes sim, porque muita gente vai quebrar. Vamos ter sim uma judicialização maior, e o problema é que não estamos preparados para receber uma carga mais pesada… [No Judiciário] o caminhãozinho está cheio de coisa pra fazer e ele já não está dando a resposta no tempo que precisamos.”

Para ele, o pior dos mundos seria uma interferência do governo nas relações privadas, o que tenderia a só piorar a situação, aumentando ainda mais a judicialização.

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“O dinheiro vai chegar sim na ponta, apesar das diversas críticas que tivemos,” disse Alfredo Setúbal, prevendo que o Itaú Unibanco vai começar a operar essas linhas a partir da semana que vem.

10060 74db7184 a25c 0000 032c 7b9d3474afb0“Já vimos muita demanda, principalmente pelas linhas de financiamento das folhas, e vamos entrar num ritmo de oferta de crédito acelerado.”

Alfredo também disse que o nível de prorrogação de empréstimos foi brutal no banco. “Fizemos milhares de prorrogações por 60, 90 dias, e acho que esses prazos vão ter que ser repactuados no futuro.”

Segundo ele, a recuperação da economia deve ser lenta — e setor a setor. “Não acredito numa recuperação em ‘V’.” 

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Luiz Barsi vai votar contra a tentativa de aquisição hostil da AES Tietê pela Eneva.

Numa carta aberta aos acionistas minoritários da Tietê, Barsi faz uma analogia zoológica para descrever o caso.

“Costumo comparar minha postura como investidor aos hábitos do melhor caçador da natureza, o jacaré. Ele repousa tranquilo por dias, de boca aberta, a espera da presa perfeita: o passarinho, que desavisado cai na emboscada. Desta vez estamos do lado oposto, a AES Tietê é o passarinho prestes a ser devorado, e a Eneva, o exímio predador.”

Na carta, ele disse que vai votar “veementemente” contra a aquisição e elencou os motivos: a falta de uma política de dividendos na Eneva; sua matriz energética extremamente concentrada em energias poluentes; e o momento pouco vantajoso para o lado vendedor. 

“Em qualquer outro cenário, com uma ponta sequer de otimismo, poderíamos pensar em procurar parceiros mais interessantes. Isso geraria propostas melhores para os acionistas, que poderiam optar pela combinação com a empresa que oferecesse as melhores condições, à exemplo do que houve com a Eletropaulo em 2018.”