O ano de 2025 nem terminou e o mundo já registrou eventos climáticos extremos em todos os continentes — incêndios nos EUA e Canadá, a pior seca em décadas na Europa, tufões mais intensos no Japão, enchentes históricas no Brasil e ondas de calor recorde na Argentina.

O impacto econômico e social reforça a urgência de atrair recursos para adaptação e mitigação. Esse é o tema do novo episódio do podcast COP Meio Cheio, Meio Vazio, do Brazil Journal.

Segundo estimativas da ONU, serão necessários entre US$ 2 trilhões e US$ 5 trilhões por ano até 2030. Hoje, apenas uma fração desse valor está sendo mobilizada.

“É impossível que governos sozinhos financiem essa conta, será preciso trazer o capital privado para a mesa”, afirma Luciana Ribeiro, sócia da eB Capital.

O episódio também traz a visão de Ricardo Assumpção, líder de ESG na EY, que destaca a necessidade de estruturar projetos capazes de oferecer retorno financeiro e impacto positivo. Nesse contexto, ganha espaço o blended finance, modelo que combina recursos públicos, filantrópicos e privados para reduzir riscos e destravar investimentos.

Um exemplo é o programa Eco Invest, criado em 2024 pelo governo brasileiro e o BID. Seu segundo leilão, em julho de 2025, teve demanda de R$ 17 bilhões, com potencial de gerar investimentos de R$ 31 bilhões para recuperação de áreas degradadas.

O podcast lembra ainda que disputas políticas, como a retomada do negacionismo climático por Donald Trump, podem dificultar avanços.

O podcast COP Meio Cheio, Meio Vazio é publicado duas vezes por mês e tem o patrocínio de Aegea, Allos, Santander e Vale.

Disponível agora no Spotify.