Em seu primeiro relatório no Citigroup, Antonio Junqueira iniciou hoje a cobertura do setor elétrico pelas geradoras.
Das cinco empresas do segmento, Junqueira recomendou a compra de três — Eneva, Omega e Cesp — e ficou ‘neutro’ em AES Tietê e Engie.
No relatório de 50 páginas, Junqueira — que fez carreira no BTG e mais recentemente trabalhou na Vinland Capital — usou cinco pilares para avaliar as empresas: oportunidade de crescimento; track record de alocação de capital; prazo de vencimento das concessões; preço de energia; e opcionalidades adicionais.
Ele vê o maior upside para a Cesp (20%), com preço-alvo de R$ 33.
“A Cesp pode não ser o investimento mais sexy, mas combina ser um ativo barato com diversas opcionalidades e uma assimetria muito favorável: um downside pequeno e upside grande,” Junqueira disse ao Brazil Journal.
Outros preços-alvos e highlights:
Omega (R$ 43, com upside de 18%) — “A companhia tem um DNA de empreendedor e de M&A num setor super fragmentado. Ela vai ser o consolidador do setor de renováveis e muito provavelmente vai ser múltiplas vezes maior nos próximos anos.”
Eneva (R$ 57, com upside de 16%) — “O sonho da Eneva é replicar o que deu certo, que foi o Parnaíba. Onde houver potencial de gás terrestre, ela vai estar presente.”
Engie R$ 40 — “Uma das melhores empresas do Brasil, e uma das melhores alocadoras de capital… mas ela já é a maior empresa do setor e razoavelmente bem precificada. Para gerar valor adicional, ela teria que encontrar projetos muito grandes.”
AES Tietê R$ 14 — “A Tietê ficou 20 anos sem fazer nada. Comprou os ativos na década de 1990 e em 2015 ainda tinha a mesma capacidade instalada. Mas agora achou seu caminho e é uma companhia bem melhor do que há cinco anos… Está investindo muito em aumentar sua capacidade em energia solar e éolica.”
Nos próximos meses, Junqueira deve iniciar a cobertura das distribuidoras, empresas de saneamento e de transmissão.