Em seu primeiro resultado desde o IPO, a BR Partners divulgou números robustos, surfando um primeiro semestre líquido para emissões de dívida e equity e a onda avassaladora de M&As.  

A receita subiu 34% nos primeiros seis meses do ano, com destaque para as áreas de sales and trading e mercado de capitais, que dobraram de tamanho.

O lucro líquido do semestre aumentou 45% para R$ 66 milhões. No trimestre, o lucro foi de R$ 35 milhões, alta de 47%.

O negócio de investment banking fechou o semestre com alta de 19%. Essa área — na qual a BR Partners faz operações de M&A e pre-IPO advisory — responde por mais da metade da receita da companhia e, pelo menos no curto prazo, continua com momentum.

Só no segundo trimestre, cinco novas transações que estão sendo assessoradas pela BR Partners foram anunciadas, incluindo a compra da Cia Hering pelo Grupo Soma e o investimento da Kinea na Cobasi, além de três privatizações (Eletrobras, Sulgás e Correios). 

Os resultados de hoje vêm num momento em que a ação da BR Partners já subiu 77% desde o IPO em junho. O papel saiu a R$ 16 na oferta e hoje negocia acima de R$ 28. 

Na oferta, o banco captou R$ 400 milhões para reforçar seu balanço e aumentar sua participação nos produtos de renda fixa que origina.

O mercado terá mais uma leitura do estado do mercado de capitais amanhã cedo, quando o BTG publica seus resultados.