A Pacífico – a gestora fundada em 2011 por gestores que deixaram o Opportunity – está passando por uma cisão e vai deixar de existir.
O time de nove profissionais da gestora que hoje se dedica a equities está levando os fundos para uma nova casa, a Mantaro Capital. O sócio mais sênior do grupo é Carlos Eduardo Ramos, o “Dudu”, que além da Pacífico foi um dos fundadores da ARX.
A Pacífico vai passar a se chamar P8 Investimentos e continuará sendo multiestratégia: manterá o time atual que comanda os fundos macro, de crédito e renda fixa; e está trazendo Breno Guerbatin, ex-sócio da Studio Investimentos, para comandar um novo fundo long bias, com uma equipe de cinco analistas.
Os sócios disseram ao Brazil Journal que a separação foi amigável.
“Havia visões diferentes de modelo de negócio. Nós acreditamos que com uma casa dedicada a equities, teremos mais alinhamento de longo prazo, tanto nos produtos quanto na gestão de pessoas,” disse Paulo Abreu, que está de saída para a Mantaro – o nome de um rio que banha o Peru e é um afluente do Amazonas.
A Mantaro começará com R$ 700 milhões sob gestão em dois fundos – um long bias e um long-only – e pretende lançar uma nova estratégia, um equity hedge com menos volatilidade.
Já a equipe da P8 acredita que a gestão de recursos moderna passa por casas mais completas em termos de produtos.
“No investimento em ações, o macro hoje é cada vez mais importante”, disse Eduardo de Carvalho, agora da P8.
O ‘P’ do novo nome vem de Pacífico, e o 8 é uma referência ao símbolo que representa o infinito – um 8, mas deitado.
A P8 nasce com 30 profissionais e cerca de R$ 3 bilhões sob gestão, incluindo o wealth.