A ação da UnitedHealth — a gigante americana que controla a Amil — ficou sob pressão nos últimos dias depois que o CFO John Rex alertou que o aumento das cirurgias eletivas por idosos pode aumentar os custos da empresa.
Rex disse que essa tendência pode elevar a sinistralidade da companhia no segundo trimestre para o topo do range do guidance que ela passou para o ano.
A United tem dito aos investidores que espera fechar o ano com um medical loss ratio de entre 82,1% a 83,1%.
No mercado, a projeção média dos analistas para a sinistralidade do segundo tri era inferior ao topo desse range. Os analistas esperavam 82,6%, em comparação aos 82,2% do primeiro tri. No ano passado, esse indicador fechou em 82%.
Os comentários foram feitos ontem durante uma conferência da Goldman Sachs.
Naquele dia, a ação da UnitedHealth foi a pior performance do índice Dow Jones, caindo mais de 6%. Hoje, o papel recuperou um pouco, com alta de 1,3%.
Na conferência, Rex disse que a companhia tem visto um aumento principalmente nos pacientes dos planos de saúde do Medicare, o programa governamental para pessoas com mais de 65 anos, e com foco em cirurgias de joelho e quadril.
Isso estaria acontecendo porque muitos desses pacientes adiaram essas cirurgias na pandemia. Agora que todas as restrições relacionadas a covid (inclusive o uso de máscaras) foram retiradas, muitos deles decidiram fazer esses tratamentos.