Chaim ZaherChaim Zaher, um dos empresários mais bem sucedidos no setor de educação do País, agora quer entrar forte no negócio de escolas bilíngues.

Chaim, que já construiu e vendeu mais de R$ 1 bilhão em ativos educacionais, acha que hoje, nas grandes cidades, há poucas escolas bilíngues de qualidade na educação básica e um grande “afunilamento” nas classes A/B na hora de matricular os filhos.

Seu Sistema Educacional Brasileiro (SEB) já tem uma escola bilíngue em São Paulo (a Pueri Domus) e uma em Belo Horizonte, e planeja abrir pelo menos mais 15, a maioria em capitais. Na lista: Salvador, Curitiba, Rio de Janeiro, Vitória, Brasília e Campinas.

“Não serão escolas bilíngues como essas americanas”, diz o empresário. “Elas serão em período integral, vão seguir o calendário brasileiro e os alunos serão alfabetizados na língua portuguesa, mas terão várias matérias em inglês”.

A meta de Chaim é chegar a 100 mil alunos próprios na educação básica em 2020. Hoje, a SEB tem 35 mil alunos próprios.

As escolas, algumas já em construção, devem usar a marca SEB bem como as marcas locais adquiridas pelo SEB.

Os investidores prestam atenção aos movimentos de Chaim porque, no quesito “bom negócio”, o homem já provou ter currículo.

Em julho de 2010, com o Brasil ainda na moda, ele foi o primeiro empresário do setor a se desfazer de ativos. Vendeu os quatro sistemas de ensino da SEB — COC, Dom Bosco, Pueri Domus e NAME — para a inglesa Pearson por R$ 888 milhões. (Sua família tinha 70% do negócio; seus minoritários, o resto.)

No ano passado, Chaim fundiu a UniSEB, uma empresa de educação à distância, com a Estácio. Recebeu R$ 615 milhões, metade em dinheiro e metade em ações da Estácio a R$ 17,30 por ação. Em seguida, foi ao mercado e comprou a participação que a GP Investimentos tinha na empresa. “A Estácio tem um time bom, que sabe tocar bem o negócio”, diz.

Chaim é hoje o maior acionista individual da Estácio, com cerca de 8% do capital da empresa, e os investidores esperam que ele se torne o presidente do conselho assim que a fusão for aprovada pelo CADE.