Sete anos (!) depois de proposto pelos governos Barack Obama e Dilma Rousseff, o Senado aprovou nesta quarta o acordo de Céus Abertos com os EUA, permitindo que companhias americanas e brasileiras ofertem quantos voos quiserem entre os dois países. O único limite passa a ser a capacidade dos aeroportos.
O acordo deve aumentar a oferta e reduzir preços, abrindo espaço para companhias americanas que ainda não voam para o Brasil, como a JetBlue e a Southwest. 

Atualmente cada país pode ofertar até 305 frequências semanais (o número é determinado em acordos bilaterais). Os EUA já chegaram perto do limite, mas com a crise dos últimos anos a oferta hoje está em 260 vôos.

O efeito imediato do Céus Abertos é a aprovação do Joint Business Agreement entre a American Airlines e a LATAM, que prevê uma maior integração das malhas das duas empresas e foi aprovado pelo CADE em outubro. O aval do Congresso brasileiro era uma condição para a última aprovação pendente, a do Departamento de Transporte dos EUA.

O Céus Abertos vale apenas para voos internacionais. As americanas continuam sem poder fazer voos dentro do Brasil, e vice-versa.

O projeto vira lei quando for sancionado pelo Presidente Michel Temer.