O Casino disse que iniciou estudos para uma venda de parte de sua participação no Assaí por cerca de US$ 500 milhões (R$ 2,6 bi ao câmbio de hoje) — um valor que pode aumentar dependendo das condições de mercado.

O grupo francês, que também é dono do Grupo Pão de Açúcar, mandatou o BTG Pactual, Itaú BBA e JP Morgan para analisar os termos da transação e buscar potenciais compradores. 

A companhia disse que nenhuma decisão foi tomada ainda, mas que a venda seria feita por meio de um follow-on “e poderia ser concluída ao final de novembro.”

O Casino é dono de 41% do Assaí e venderia apenas uma parte de sua participação.

Na semana passada, o mercado já vinha especulando sobre uma venda da posição depois que os credit default swaps do Casino explodiram – o que sugere uma deterioração do risco da empresa. 

Com isso, o mercado passou a apostar que o controlador do Casino, Jean-Charles Naouri, teria que se desfazer de ativos. As duas opções mais óbvias seriam o Assaí e o Monoprix, a rede francesa de proximidade.

O potencial follow-on vem depois do Assaí reportar um terceiro trimestre com crescimento em quase todas as linhas, e a expectativa dos analistas é que este momentum se acelere em 2023 por conta das conversões de lojas Extra.

Dependendo das condições de mercado pós-eleições, o follow-on pode se tornar uma das ofertas mais disputadas do ano. Alguns investidores acham que o caminho natural do Assaí é se tornar uma true corporation, com capital pulverizado e sob a liderança do CEO Belmiro Gomes — um caminho semelhante ao das Lojas Renner depois da saída da JC Penney, quando o então CEO José Galló iniciou uma era que multiplicou várias vezes o tamanho e o valor da empresa.