A Bolsa brasileira ainda não tem nenhuma empresa exposta ao fenômeno dos carros elétricos. 

Mas quem quiser subir na carona, pode investir numa startup. 

11508 5e398196 5c8f dc35 a2a2 88fd49f2974cA Zletric — que já opera 300 pontos de recarga de carros elétricos em cinco estados do Brasil — acaba de abrir uma rodada na plataforma de crowdfunding CapTable para levantar R$ 5 milhões a um valuation de R$ 50 milhões. 

A startup vai usar os recursos para triplicar sua presença física até o fim do ano que vem, chegando a mil pontos de recarga com foco em prédios comerciais e shoppings. 

Diferente dos Estados Unidos e da China, a eletrificação da frota ainda mal começou no Brasil — são apenas 50 mil veículos, a maior parte deles híbridos. 

Mas a Zletric aposta que nos próximos anos essa migração vai acelerar brutalmente — e ela quer sair na frente enquanto (quase) ninguém está olhando esse mercado. 

A Zletric projeta uma receita de R$ 700 mil para o ano que vem e de R$ 15 milhões para 2025. (A receita vem de dois modelos de monetização: um spread entre o custo da compra da energia e o valor que ela vende ao consumidor, e uma assinatura mensal).  

Pedro Schaan, o CEO da Zletric, disse ao Brazil Journal que os primeiros anos serão extremamente intensivos em capital e que a expectativa é chegar no breakeven apenas no sexto ano pós-rodada.  

“No começo, os pontos de recarga vão ficar ociosos mesmo, porque a demanda ainda vai ser baixa… não vão ter carros elétricos suficientes no Brasil para todos os nossos pontos,” disse ele. “Mas quando o mercado explodir, vamos estar com toda a infraestrutura pronta para atender esse mercado.”

Segundo ele, a Zletric está em estágio avançado de negociação para fechar contratos com duas montadoras. No modelo, elas vão pagar um valor mensal à startup; em troca, poderão oferecer aos clientes de seus carros elétricos acesso aos pontos de recarga.