O roadshow da Stone começou hoje com um apoio de peso: a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, já manifestou interesse de levar, na largada, quase um quarto da oferta.
O apoio de Buffett deve açucarar ainda mais uma oferta que já prometia ser ‘hot’, em meio ao interesse crescente por fintechs, especialmente em mercados emergentes. O ‘efeito Berkshire’ está dando impulso também à ação da PagSeguro, que avança 7% na NYSE.
“Foi a chancela do Buffett de que o setor de pagamentos no Brasil é porrada”, diz um gestor, destacando o potencial de ambas as companhias frente aos players mais consolidados. “O investidor vê que vai faltar papel na Stone e já corre para a PAGS”.
A Stone já sai com metade da demanda garantida. Além da Berkshire, a T. Rowe Price e a Madrone, que já são acionistas, estão ancorando mais 25%.
A companhia deve captar entre US$ 1 bilhão e US$ 1,26 bilhão no IPO, dos quais 85% devem ir para o caixa da empresa e 14% serão secundários. Entre os vendedores estão a HR, holding dos fundadores André Street e Eduardo Pontes, Actis e Tiger Global.
No intervalo proposto, de US$ 21 a US$ 23 por ação, a empresa deve chegar à Bolsa valendo entre US$ 5,6 bilhões e US$ 6,16 bilhões. Gestores estimam que o valor é equivalente a cerca de 25 vezes o lucro previsto para 2019, em linha com a PagSeguro.
A oferta da Stone deve ser precificada no dia 25.
O IPO é coordenado por Goldman Sachs, JP Morgan e Citi. O consórcio conta ainda com Itaú BBA, Credit Suisse, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch e BTG Pactual.