O BTG Pactual emitiu US$ 500 milhões em um bond de cinco anos esta semana, a primeira vez em três anos que o banco acessa o mercado internacional.
A dívida sênior carrega um cupom de 6,25% e foi precificada a 99,15, dando ao título um yield to maturity de 6,45%, 80bps sobre o título soberano de mesmo vencimento. Esta taxa se compara aos 6,30% pagos pelo Banco do Brasil numa emissão de sete anos há cerca de três semanas.
A demanda pelo papel do BTG foi de 4 vezes a oferta, e o emissor foi o branch do banco em Cayman.
A emissão vem pouco depois do BTG recomprar US$ 600 milhões de dívida subordinada de 10 anos com vencimento em 2029. Depois dos primeiros 5 anos, aquele papel passaria por um price reset, o que levaria a nova taxa para um spread de 525 bps sobre o Treasury, colocando a taxa final acima de 9%. (A dívida tinha um call em fevereiro, que o BTG exerceu.)
“Emitir lá fora ainda é mais caro que emitir no Brasil. Na dívida sênior a diferença ainda é relativamente pequena, mas no subordinado é bem maior,” o CFO Renato Cohn disse ao Brazil Journal. “Fizemos esta emissão para manter o nosso nome no mercado e uma curva ativa.”
Se converter o custo do novo bond para reais, a taxa ficaria em CDI + 1,4% – e o banco emite mais barato que isso no mercado local.
Além do novo 2029, o BTG tem apenas um janeiro 2025 e um janeiro 2026 no mercado.
O papel chegou a subir para 99,80/100 na quinta, e agora há pouco o bid/ask estava em 99,50/99,80.
Desde a semana passada, emissores acessaram o mercado: Banco do Brasil, Grupo Votorantim, Nexa e Movida.
Os coordenadores e joint bookrunners foram BTG Pactual, Bradesco, Citi, JP Morgan e Itaú; o Safra foi co-manager.