A Braskem deve levantar pelo menos R$1 bilhão até o fim do ano com a venda da quantiQ, sua distribuidora de produtos químicos, pessoas a par das negociações disseram ao Brazil Journal.
A petroquímica, parte do grupo Odebrecht, está negociando a quantiQ com dois interessados: o fundo de private equity Advent e o grupo Mexichem, dono da Amanco no Brasil.
Nascida em 1991 como Ipiranga Química, uma distribuidora de solventes, e renomeada quantiQ em 2009, a empresa expandiu seu portfólio de produtos fazendo parcerias com cerca de 60 fabricantes globais como a Dow Chemical, Du Pont, Chevron Phillips e Bayer. Hoje, a quantiQ distribui os produtos da Braskem e destes parceiros para mais de 50 mercados tão diversos quanto cosméticos, farmacêuticos, aromas e fragrâncias, nutrição humana, lubrificantes, transformadores elétricos e construção civil.
A empresa possui centros de distribuição em Guarulhos e Mauá (ambos em São Paulo), Duque de Caxias, no Rio, e Canoas, no Rio Grande do Sul, além de seis bases logísticas.
A quantiQ passou ao controle da Braskem em 2007, quando a petroquímica da Odebrecht comprou os ativos petroquímicos da Ipiranga.
Em 2012, a Braskem chegou a contratar bancos para vender a quantiQ, mas não conseguiu um comprador que pagasse o preço desejado.
Numa teleconferência com analistas um ano depois, o então CEO Carlos Fadigas disse: “Os investidores internacionais perderam um pouco do apetite e não estamos interessados em vender a qualquer preço.”
Uma Lava Jato e um impeachment depois, a Braskem voltou com o ativo ao mercado, e o apetite internacional voltou também.