A Unipar acaba de inaugurar o complexo eólico Tucano – um parque na Bahia com uma capacidade instalada de 155 MW que vai ser usado em parte para abastecer a fábrica da petroquímica em Cubatão.

O projeto – construído por meio de uma joint venture com a AES Brasil – recebeu investimentos de R$ 1,5 bilhão para a importação das pás eólicas e a compra dos geradores que vão ampliar a oferta de energias renováveis na matriz elétrica nacional e contribuir também com as metas de sustentabilidade da companhia industrial.

O Tucano faz parte de um esforço maior da Unipar para investir na autoprodução de energia renovável. Hoje, 36% da energia consumida pelas fábricas da Unipar no Brasil vêm de projetos de geração renovável. A meta da empresa é chegar a 100% até 2025, com 80% vindo da autoprodução.

Além de Tucano, a Unipar tem outros dois parques em construção: um eólico, no Rio Grande do Norte, que também está sendo construído em parceria com a AES Brasil; e um solar, em Minas Gerais, em parceria com a Atlas Renewable Energy, uma investida da Actis, a gestora de private equity inglesa.

Os três empreendimentos terão uma capacidade instalada de 485 MW, dos quais 149 MW médios serão consumidos pelas fábricas da Unipar. O restante será vendido para outros clientes do mercado livre.

“Além da garantia de acesso à energia elétrica para nosso processo produtivo, vamos ter uma maior previsibilidade de preços por sermos co-proprietários das instalações,” disse o CEO Maurício Russomanno. “A autoprodução deve resultar em uma redução entre 20% e 30% dos custos de energia elétrica, pela isenção de encargos, aumentando a competitividade dos nossos produtos.”

O impacto para o meio ambiente também é relevante. A Unipar estima que os projetos de Tucano e Cajuína (o parque eólico no Rio Grande do Norte) vão evitar a emissão anual de 57,6 mil toneladas de gases de efeito estufa.

Há ainda um impacto social positivo para as comunidades do entorno.

Em 2022, a Unipar e a AES revitalizaram uma escola em Caldas do Jorro, na Bahia, e desenvolveram um projeto para levar água potável para 86 famílias da cidade de Lajes, no Rio Grande do Norte, com a doação e implementação de cisternas.

A Unipar disse que Tucano será o primeiro complexo eólico do Brasil a ter sua operação e manutenção feitas localmente por uma equipe só de mulheres.