Mais de 240 bilhões de dólares passaram pelas mesas de câmbio do Citi no Brasil em 2023. Foram empresas vendendo para o exterior ou comprando do exterior. Investidores estrangeiros trazendo dinheiro para o País, companhias fazendo empréstimos ou recebendo aportes de capital.

O volume expressivo dessas transações que passou pelo Citi fez do banco, pelo quinto ano consecutivo, o líder no ranking do Banco Central em operações de câmbio a clientes. Em 16 anos, o Citi ficou 15 vezes no topo deste ranking. Sozinho, o banco é dono de 13,8% deste mercado.

Estar no topo, portanto, não é novidade para o Citi, um banco que atua em 95 países e se dedica a apresentar soluções customizadas para seus clientes. Mas 2023 foi especialmente desafiador com a entrada em vigor do novo marco cambial. Desde janeiro do ano passado, um novo componente surgiu na acirrada disputa dos bancos para conquistar e fidelizar clientes: o tempo da operação.

Há quase duas décadas, o Citi investe fortemente em inovação e tecnologia para automatizar processos, assim a nova legislação acabou virando uma vantagem competitiva.

Uma das grandes mudanças que vieram com a nova lei foi a possibilidade da realização das transações de câmbio sem que seja necessário o envio de documentação de suporte ao banco, o que reduziu significativamente o tempo de liquidação da operação.

O head de markets do Citi Brasil, Eduardo Miszputen, conta que, com essa facilidade, aliada à tecnologia do banco, o objetivo é que pelo menos cerca de 75% das operações de fechamento de câmbio feitas pelo banco hoje levem em média apenas 45 minutos entre o fechamento e sua liquidação. Antes da nova lei cambial, a liquidação levava em média três horas.

“Nosso objetivo é que isso evolua e que seja questão de poucos minutos entre o cliente fechar a transação e a ordem dele já estar disponível na conta. Será um ciclo de transação muito curto,” diz Miszputen.

A ideia de reduzir o tempo da operação está muito ligada à questão da experiência do cliente e ao custo. O banco tem investido em tecnologia para que suas plataformas possam se adaptar à realidade tecnológica de cada cliente, assim como ao desenvolvimento de soluções específicas para determinados setores.

Infrografico Citi 2

Há cinco anos, o banco desenvolveu um sistema para que um grande e-commerce não corresse o risco cambial na venda de seus produtos. “Esses marketplaces têm grande dificuldade em definir os preços em reais porque seus produtos são importados e a volatilidade faz com que os preços mudem a cada minuto,” diz Guilherme Abrahão, head da mesa de câmbio do Citi Brasil.

Com a solução criada pelo Citi, o banco consegue garantir uma taxa de câmbio por 24 horas e o marketplace consegue atualizar seus preços a cada dia sem correr risco de descasamento entre o preço do produto vendido ao cliente e o pagamento aos estabelecimentos. Além disso, os preços em reais podem cair para o consumidor final, já que o marketplace deixa de ter o “custo” da incerteza cambial.

Com tantos anos de experiência no mercado brasileiro, Miszputen diz que foi possível notar em 2023 uma aceleração digital significativa de seus clientes. O banco atende mil empresas do segmento “large corporate” e outras mil do segmento “corporate.”

A capacidade de auxiliar os clientes no gerenciamento de risco tem sido outra vantagem competitiva para o Citi, já que o banco está presente em quase uma centena de países e com isso consegue fazer uma análise mais apurada dos riscos de cada cliente — inclusive, a execução das operações pode ser realizada de forma eletrônica.

“Os clientes trazem de maneira bastante constante demandas de como fazer a gestão de risco de maneira mais eficiente, seja de risco cambial ou de juros ou de commodities”, diz Miszputen. “Nós temos um grupo dentro do nosso time de câmbio que é dedicado e focado em ajudar os clientes a entender e mapear esses riscos para que possam implementar políticas de risco de mercado.”

Para uma grande empresa do setor de cosméticos com atuação em toda a América Latina, por exemplo, o banco passou a desenvolver um relatório trimestral que atualiza o risco cambial dos volumes que a empresa recebe e paga nas diferentes moedas da região. O relatório foi feito pela primeira vez como uma demanda específica para um determinado período e acabou sendo incorporado indefinidamente no gerenciamento de risco da empresa.

Algumas empresas que são clientes do Citi têm negócios com 60 países e conseguem fazer o gerenciamento do risco com um único banco, o que traz ganhos de eficiência e segurança.

Outra vantagem de estar em tantos países é que o banco também acaba sendo uma referência para investidores estrangeiros que querem entrar no Brasil. O Citi hoje tem 67% de participação das custódias de clientes estrangeiros no País, segundo Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

“Isso faz com que a gente tenha uma visão bastante grande do que entra ou sai de investimento de portfólio no País, seja para renda fixa, seja para variável,” diz Miszputen. “E faz também com que a gente consiga atender esses clientes de maneira bastante próxima e bastante customizada em todos os mercados nos quais os clientes operam.”

Para este ano de 2024, a expectativa é de que o volume de operações seja ainda maior diante da perspectiva de que a economia continue crescendo. Mas, principalmente, por conta das reformas aprovadas no ano passado.

“O pragmatismo do governo, reformas e as medidas que estão sendo tomadas têm sido percebidas como positivas e eliminam um pouco do temor de qualquer tipo de inconsistência ou volatilidade ou ruptura dentro da política praticada,” diz Miszputen. “Isso traz previsibilidade e torna o Brasil um país mais atrativo para os estrangeiros.”

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