Pimenta, peixe, óleo de dendê, castanha. É possível extrair frutos da Amazônia, vendê-los ao exterior e gerar riqueza para a região — sem prejudicar em nada a preservação da floresta.

O mercado global de produtos “compatíveis com a floresta” é estimado em US$ 176 bilhões, mas a participação da Amazônia é de apenas 0,17%.

Segundo levantamento do Projeto Amazônia 2030, um amplo diagnóstico dos desafios e potencialidades da Amazônia Legal, há também um desafio humano. 

Os filhos da Amazônia são uma força de trabalho relativamente mais jovem que o resto do Brasil, mas com poucas oportunidades de inserção no mercado. A informalidade e a dependência de programas de transferência de renda são parte da paisagem econômica da região. Com essa realidade em mente, a Eneva começou a pensar em como orientar sua estratégia de atuação na região onde a companhia está entrando em operação com o campo de gás de Azulão (no Amazonas),  a usina térmica de Jaguatirica II (em Roraima), e tem planos de expansão.

Na medida em que a Amazônia ganha uma proporção maior nos negócios da empresa, o compromisso da Eneva é deixar um legado de sustentabilidade em todas as localidades onde a companhia atua, direta ou indiretamente. A companhia divulgou seus planos para a região no recém lançado Relatório de Sustentabilidade 2020.

A Eneva acredita que a vocação econômica da floresta deve ser potencializada por meio da bioeconomia, o que envolve inovação tanto em processos e em cadeias produtivas que utilizam recursos biológicos renováveis, gerando oportunidades de mercado para os pequenos negócios e estimulando a conservação da floresta.

Para fazer isso, a empresa pretende implantar os chamados Sistemas Agroflorestais, que casam atividades já existentes com mercados em pleno funcionamento.  

A companhia já tem experiência no assunto há pelo menos uma década.  

No Maranhão, a empresa desenvolveu o Polo Agrícola HortCanaã — a principal fonte de renda das famílias reassentadas pela Eneva em São Luís.

Ao todo, 95 famílias foram reassentadas em 2008 e 2009, dando origem à Vila Nova Canaã, em Paço do Lumiar.
A Eneva desenvolveu, em conjunto com a comunidade, um polo agrícola que garante a sustentabilidade financeira dessas famílias, a geração de renda e a consequente autonomia local.

Em 2020, teve início no polo, e de forma pioneira no Maranhão, a produção de cacau orgânico, após seleção de uma chocolateria local que privilegiou o regime de cultivo agroflorestal e agroecológico adotado pelo projeto. A Eneva está apoiando o polo na implantação da nova produção, que também recebe o suporte do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), sob gestão da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema).

O setor de energia está cada vez mais sensível ao imperativo de conciliar a atividade econômica com o bem-estar das pessoas e o futuro das comunidades.  

Esse novo consenso já é realidade para a Eneva.

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