O Grupo Casas Bahia concluiu o primeiro ano do seu Plano de Transformação, estabelecido três meses após a chegada do CEO Renato Franklin em abril de 2023. 

O executivo, que assumiu o cargo com o objetivo de resgatar a performance operacional e aprimorar a estrutura de capital, vem apresentando entregas consistentes com redução de custos, eficiência operacional e melhor fluxo de caixa livre. 

“Neste primeiro ano prezamos pela estabilização da operação, gerando caixa e rentabilidade para um crescimento sustentável,” disse Franklin. “Toda essa reestruturação manteve o foco no core business da marca, trazendo uma redução de custos, despesas e rigorosa disciplina na alocação e retorno de capital.”

Tudo isso foi refletido também nos resultados do segundo trimestre apresentados na última semana. 

A companhia reportou geração de fluxo de caixa livre de R$ 92 milhões no período e o melhor fluxo de caixa livre de primeiro semestre dos últimos cinco anos, além de estabilidade no saldo de liquidez, incluindo recebíveis, que totalizou R$2,9 bilhões. 

A Casas Bahia ainda apresentou uma redução de 9,1% em SG&A, sendo 12,7% nas despesas de vendas ano contra ano, e a monetização tributária líquida de R$ 357 milhões no segundo tri –  um aumento de 64% em relação ao mesmo período de 2023. 

Tudo isso culminou em um lucro líquido de R$ 37 milhões. (Ao excluir o impacto da conclusão do reperfilamento, a companhia teve um prejuízo líquido de R$ 384 milhões – ainda assim, uma melhora de 22% em relação ao ano passado.)

O Grupo Casas Bahia também apresentou um avanço em sua margem bruta de 1,5 p.p no trimestre, alcançando 30,7%. Dessa maneira, segundo Franklin, a empresa segue retomando as margens históricas, processo que começou a ser visto no primeiro tri. 

Além disso, houve uma evolução de 0,7 p.p. na margem EBITDA ano contra ano, chegando a 7%. 

Já o lucro antes do imposto de renda (LAIR) da companhia foi de R$ 43 milhões, contra um prejuízo de R$ 843 milhões no mesmo trimestre do ano anterior. 

“Estamos muito satisfeitos com toda entrega, pois em um ano tivemos resultados sólidos que trouxeram uma melhora sequencial em toda a estrutura da companhia,” disse Franklin. 

“Iniciamos agora a segunda fase do nosso Plano, reforçando a alta capacidade de entrega das iniciativas, que seguem dentro do planejado e terão captura gradual ao longo de 2024 e 2025, com oportunidades que somam de R$ 1,6 bilhão a R$ 1,8 bilhão.”

Plano de Transformação 

O Plano de Transformação das Casas Bahia apostou no conceito “back to basics”, com foco no que a companhia faz de melhor: vender eletrodomésticos, móveis, celulares, eletroportáteis, TVs e linha branca e marrom. 

“Em suma, o direcional do Plano de Transformação é a volta às origens – no foco de negócios e no posicionamento de marca –, buscando aumento da eficiência operacional e maturação das iniciativas, para voltar a crescer em 2025,” disse o executivo. “Desde o início, a ideia foi entregar avanços graduais e consistentes em cada balanço e esse tri apresentou novamente isso.”

Outra frente que compõe o plano é a otimização da estrutura de capital, na qual a empresa teve entregas importantes.

A empresa fez o reperfilamento das dívidas de R$ 4,1 bilhões até o momento, com redução do custo médio em 1,5 p.p e aumento do prazo médio de 22 para 72 meses. Isso, segundo Franklin, deu fôlego para a companhia focar na sua operação.

A partir desse trimestre, disse o executivo, o foco da Casas Bahia é fazer investimentos seletivos principalmente para o fortalecimento da marca e geração de receita. 

“Estamos focados na execução e na identificação de novas oportunidades. Para 2025, o foco é a expansão e melhoria da experiência dos consumidores nos canais físicos e online com um foco maior em acelerar o crescimento da empresa como um todo,” disse o CEO

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