O BTG Pactual está ajudando a BR Malls a sondar grandes investidores para um aumento de capital na empresa, uma das maiores proprietárias e operadoras de shopping centers do País.
Se encontrar o dinheiro nas condições que deseja — um leve prêmio em relação a sua cotação na Bolsa — a empresa vai usar os recursos para reduzir o endividamento.
A BR Malls fechou o terceiro trimestre com uma dívida líquida de 4,9 bilhões de reais, o equivalente a 4,37 vezes sua geração de caixa anual (EBITDA ajustado).
Na Multiplan, esta razão é de 2,42 vezes. Na Iguatemi, 3,2 vezes.
A BR Malls prefere medir seu endividamento excluindo da conta seus bônus perpétuos (uma dívida em dólar) emitidos em 2011 e 2012, apesar de muitos investidores reprovarem esta abordagem. Por esta métrica, a alavancagem da companhia estava em 2,99 vezes no final de setembro.
A alta de 28% no dólar ao longo do terceiro trimestre aumentou a dívida dos perpétuos em 332 milhões de reais. Isto é quase o mesmo valor que a empresa levantou no trimestre passado vendendo ativos: foram 318 milhões de reais com a venda de participações em três shoppings.
Cerca de 31% da dívida da BR Malls que vence nos próximos cinco anos está indexada à taxa CDI, e outros 28% a índices de inflação como o IPCA e o IGP-M.
O eventual sucesso da BR Malls em encontrar um grande investidor disposto a pagar prêmio por sua ação teria uma repercussão positiva para todo o setor de shopping centers.
No mês passado, um investidor estratégico — isto é, do ramo de shopping centers —
comprou, no mercado, uma participação de 5% na BR Malls
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