O Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) – um acionista relevante da Aliansce Sonae – atingiu 5,76% das ações da BR Malls no dia 20 de janeiro, uma semana depois de o conselho da empresa recusar a proposta de fusão com a Aliansce.

O fundo canadense tem 23% da Aliansce Sonae e é um dos integrantes do bloco de controle ao lado de Renato Rique, da gigante alemã de shoppings ECE e da portuguesa Sonae Sierra.

Ao informar a participação relevante na BR Malls, o CPPIB disse que não tem a intenção de alterar o controle ou a estrutura administrativa da empresa.

A afirmação é no mínimo curiosa, já que vem em meio à oferta não solicitada da Aliansce pela BR Malls, rejeitada pela última.  Será que o “não tem intenção de alterar o controle” significa que o CPPIB não votará suas ações se a oferta da Aliansce for levada à decisão da assembleia?

Mas o anúncio suscita uma outra dúvida. Como estão no bloco de controle da Aliansce, os canadenses participam de todas as decisões da companhia em relação à BR Malls, inclusive a de aumentar ou não a oferta – o que pode constituir um conflito.