Essa aqui confirma aquela tese de que o Brasil nunca perde a oportunidade de perder uma oportunidade.
Quem investiu no S&P 10 anos atrás ganhou quase 15% ao ano. Já quem comprou a Bolsa brasileira perdeu 5% ao ano, na média, em dólar.
É isso que mostra a performance dos últimos dez anos dos ETFs de 20 países negociados na Bolsa de Nova York.
O pior desempenho no período é o do ETF brasileiro (EWZ), que tem retorno médio negativo anualizado de – 4,7%. No acumulado do período, o índice perdeu 40,5% (em grande parte porque o real desmanchou). O EWZ é um espelho do MSCI Brazil.
O ETF brasileiro teve os piores retornos da amostra nos anos de 2012 (+0,4%) ; 2013 (-17,5%); 2015 (-41,7%) e 2020 (-20,3%). Só foi destaque positivo em 2016 (+64,5%).
Além do Brasil, só a África do Sul (EZA) está no vermelho na lista — mas ainda assim muito melhor que o Brasil — com – 0,7% ao ano, e – 6,2% no acumulado dos 10 anos.
A melhor performance é a do ETF dos Estados Unidos (SPY) com um retorno positivo de 14,7% ao ano, e valorização acumulada de 333%. O segundo lugar é da Holanda (EWN), com 10,8% ao ano e 200% acumulados.