O Brasil deve colher em 2025 a maior safra de grãos da sua história — 345 milhões de toneladas, segundo a Conab. Mas junto com a produtividade recorde, cresce também a dependência de fertilizantes químicos, cuja produção e uso respondem por até 20% das emissões do agronegócio, ficando atrás apenas da pecuária.

No novo episódio de COP Meio cheio, Meio vazio, podcast original do Brazil Journal apresentado por Fabiane Stefano, o debate gira em torno de como os bioinsumos podem ajudar a reduzir custos, aumentar a produtividade e, ao mesmo tempo, mitigar impactos ambientais.

Entre os destaques está a participação de Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa e vencedora do World Food Prize, considerado o Nobel da Agricultura. 

Pioneira no estudo da fixação biológica de nitrogênio, ela explica como microrganismos presentes no solo substituem parte dos fertilizantes químicos. Apenas no caso da soja, a tecnologia já evita a emissão de 240 milhões de toneladas de CO₂ equivalente por ano.

“Temos soluções prontinhas que poderiam substituir cerca de 50% do que o Brasil utiliza hoje com fertilizantes químicos,” diz Mariangela. 

O episódio também mostra como startups como a Gênica, de Piracicaba, e multinacionais como a Yara disputam espaço nesse mercado, impulsionado pela busca por soluções mais sustentáveis e econômicas para o campo.

Às vésperas da COP30, em Belém, os bioinsumos aparecem como uma das apostas para conciliar o papel do Brasil como potência agroexportadora e protagonista da agenda climática.

O podcast COP Meio cheio, Meio vazio é publicado duas vezes por mês e tem o patrocínio de Aegea, Allos, EY, Santander e Vale.

Disponível agora no Spotify.