Foi o rali do Periquito.
A ação da Azevedo & Travassos disparou 23% hoje depois que a empresa de engenharia fechou a compra dos ativos da Phoenix Óleo e Gás, numa transação que marca sua estreia no mercado de petróleo.
As negociações entre as duas empresas se desenrolavam desde março, quando a Azevedo assinou um memorando de entendimento com a Phoenix.
Agora, com o fechamento da transação, a Azevedo está levando cinco campos de petróleo próximos a Mossoró, no Rio Grande do Norte, no chamado Polo Periquito.
O valor da aquisição não foi revelado, mas a Phoenix é pequena para os padrões da indústria.
Os campos que ela opera têm 16 poços, dos quais 7 estão produzindo e 9 já foram perfurados, mas estão parados.
Caso retome a produção desses poços parados, a Azevedo & Travassos estima que o ativo produziria cerca de 150 barris por dia. Para efeito de comparação, a Prio produz mais de 80 mil barris/dia; a 3R, mais de 50 mil; e a PetroReconcavo, cerca de 30 mil.
Ainda assim, a Phoenix funcionaria como uma plataforma para a expansão da A&T no setor de petróleo, um plano já anunciado pelo chairman Gabriel Freire.
Numa entrevista recente ao Brazil Journal, Freire disse que tem outras 12 negociações de compra em andamento e que a meta da Azevedo é chegar a uma produção de 1.000 barris/dia até o final do ano.
Essa produção adicionaria cerca de R$ 80 milhões ao EBITDA da companhia, que fechou em R$ 50 milhões no ano passado.
Depois do rali de hoje, a Azevedo fechou o dia valendo R$ 236 milhões. Em novembro, a empresa levantou R$ 215 milhões num aumento de capital para equacionar a dívida e fortalecer seu caixa. O aumentou saiu a R$ 2,84 por ação ON e a R$ 2,90 a PN.