A renúncia dos quatro conselheiros da CVC Brasil, anunciada hoje, pesou no papel e deixou confuso quem não acompanha a empresa de perto. 

Por volta de 15:30h, o papel caía 3,3%.

Internamente, a saída dos quatro já estava combinada há meses, mas eles estavam esperando a conclusão da apuração dos indícios de fraude e manipulação de resultado, da capitalização que injetou R$ 700 milhões na empresa, e da renegociação de dívidas bancárias e com debenturistas.

A companhia convocou hoje uma assembleia para a eleição de novos conselheiros em 11 de março.

Os indicados são: Valdecyr Maciel Gomes, um ex-Garantia e ex-Brookfield; Sandoval Martin, que já foi CFO da Multiplus; Lilian Guimarães, que foi chefe de RH do Santander no Brasil quando o banco comprou o ABN AMRO; e Rachel Maia, a ex-CEO da Lacoste no Brasil que acaba de se juntar ao board do Grupo Soma. 

Com as mudanças, quatro dos sete conselheiros terão sido indicados por dois dos maiores acionistas da companhia: o Opportunity, que tem mais de 10% da empresa, e o Pátria, que tem quase 5%. (A Equitas também é grande: tem mais de 5% do capital).  

Amanhã, a CVC fará um Investor Day no qual deve anunciar cinco iniciativas de novos negócios para este ano. 

A ação da CVC já retornou a seus níveis pré-covid, mas ainda está longe de suas máximas históricas. A companhia vale R$ 3,9 bilhões.