Nos últimos dias, quem lesse os jornais apostaria que a reforma da previdência simplesmente não vai passar – ou passará com tantas concessões que seu efeito prático seria inócuo.
Mas uma série de notícias publicadas hoje sugerem um ponto de inflexão: o Governo está organizando o jogo.
Pela manhã, a Folha noticiou que o Presidente Temer está abrindo o carro-forte para conquistar o apoio dos congressistas: o Governo pretende acelerar a liberação de verbas federais para pagar emendas de deputados que se comprometerem a votar a favor das reformas. Já os dissidentes devem ter os repasses atrasados e ficarão para o fim da fila.
Mas uma série de notícias publicadas hoje sugerem um ponto de inflexão: o Governo está organizando o jogo.
Pela manhã, a Folha noticiou que o Presidente Temer está abrindo o carro-forte para conquistar o apoio dos congressistas: o Governo pretende acelerar a liberação de verbas federais para pagar emendas de deputados que se comprometerem a votar a favor das reformas. Já os dissidentes devem ter os repasses atrasados e ficarão para o fim da fila.
No fim do pregão, outro importante sinal de Brasília. Segundo a repórter Andrea Sadi, da Globo News, Renan Calheiros mudou o discurso em uma reunião a portas fechadas com a bancada do PMDB realizada hoje no Palácio do Planalto e passou a elogiar o ajuste fiscal.
Renan vinha fazendo críticas duras à pauta econômica nas últimas semanas, mas aparentemente decidiu baixar a crista sob pena de perder a liderança do PMDB no Senado.
Na Faria Lima, a equipe do Santander cruzou informações sobre cada congressista e publicou uma estimativa dando conta de que o governo tem de 309 a 315 votos no Congresso, acima dos 308 necessários para aprovar a PEC.
Parece apertado, mas por enquanto tem bastado para o mercado: o Ibovespa fechou o dia em alta de 1,15%, a 66.277 pontos.