A Arezzo&Co teve o melhor resultado trimestral da história em receita bruta e EBITDA no quarto trimestre reportado agora há pouco, com crescimento de vendas em todas as marcas e canais de vendas.

“Continuamos crescendo de forma robusta as marcas que já eram da empresa, mas também usamos a nossa estrutura corporativa para absorver, suportar e crescer os negócios que foram adquiridos,” o CFO Rafael Sachete disse ao Brazil Journal.

A controladora de marcas como Schutz, Reserva e BAW aumentou sua receita bruta em 69% para R$ 1,4 bi no quarto trimestre.  O EBITDA ajustado avançou 52% para R$ 185 milhões, e o lucro líquido foi de R$ 110,5 milhões, alta de 33%.

As despesas comerciais subiram 44% e as despesas operacionais, 64% – segundo o CFO, por conta da adição de estruturas operacionais para suportar o crescimento da companhia particularmente via aquisições. Já o aumento das despesas comerciais acompanhou o aumento das lojas próprias e do ecommerce no mix de canais da companhia.

“Nesses canais, as despesas são maiores porque incluem a locação de lojas, as equipes, as estruturas e toda a despesa de marketing e performance para as vendas digitais,” disse o CFO.

A Arezzo vendeu R$ 816 milhões em seus canais digitais no ano fechado, o equivalente a 25% da receita, e Rafael disse que o online deve continuar tendo peso relevante no negócio. “Depois da reabertura, as vendas do ecommerce estão mantendo seu crescimento. Não esperamos mais uma alta acelerada, mas elas se manterão em patamares relevantes,” disse.

O lucro foi impactado pela alta das despesas financeiras, que subiram por conta do crescimento da operação, das maiores despesas com taxas de cartão de crédito e também da maior alavancagem da companhia.

A Arezzo&Co tomou linhas emergenciais – mais caras –  na pandemia, mas esse impacto deverá deixar de aparecer no resultado porque a empresa usou parte dos recursos do follow-on de R$ 830 milhões no mês passado para pré-pagar essas linhas.

Os recursos da oferta também vão sustentar o plano de expansão da Arezzo&Co, que segue interessada em M&As, mas “com disciplina na alocação de capital e sem pressa,” segundo o CFO.  “Temos muitas avenidas de crescimento dentro de casa, com a abertura de lojas, novos canais e a ampliação de categorias de produtos.”