Entre comprar uma ação da CVC e investir na debênture da empresa, o que vale mais a pena?
Para alguns gestores ouvidos pelo Brazil Journal, a escolha está cada vez mais óbvia.
Essa manhã, uma debênture da CVC com vencimento em 2025 negociava no mercado secundário a 88% do valor de face, oferecendo um retorno de impressionantes CDI + 11%, a maior taxa de todas as companhias listadas e o ponto mais alto dos últimos seis meses para o título.
Já a ação da operadora de turismo valorizou 50% só nos últimos seis meses, enquanto as vendas ainda estão longe de voltar ao normal.
“São duas narrativas opostas. Na Bolsa, o mercado está precificando que a empresa vai voltar ao normal. No mercado de dívida, está precificando um risco grande de não receber o dinheiro de volta,” diz um gestor que já tinha debêntures da CVC e comprou mais hoje.
Mas qual dos dois mercados está certo?
“Eu acho que nenhum. As ações da CVC deveriam valer metade do que valem hoje e o valor justo da dívida deveria ser 100% do valor de face, que já é uma taxa bem atrativa de CDI+6,5%,” disse o gestor.
Os investidores das debêntures da CVC incluem as tesourarias do Santander e Citibank, e as gestoras SPX Capital, HIX Capital e Kinea.