O Citi elevou suas projeções para o lucro do BTG Pactual e seu preço-alvo para a ação, elogiando os esforços de diversificação do banco de André Esteves e o forte controle de custos.

No relatório, o Citi reiterou sua recomendação de ‘compra’ e aumentou o preço-alvo de R$ 55 para R$ 65 — um upside potencial de 21% em relação ao preço de tela.

O Citi nota que desde 2020 o BTG manteve um forte ritmo de crescimento em todas as suas verticais, com um crescimento médio composto de 22% a 43%, dependendo da vertical — “mostrando grande tração e uma capacidade muito forte de gerar valor de forma composta para os acionistas.”

O índice de eficiência do BTG – a relação entre as despesas e receitas – foi de 42% no primeiro tri de 2020 para 34% no terceiro tri deste ano.

André Esteves

Isso “não só sustenta as recentes melhorias no ROE como também dá ao BTG espaço para possíveis avanços adicionais caso haja uma melhora nas receitas do banco de investimento, que têm ficado atrás de outros segmentos desde 2023,” escreveu o analista Gustavo Schroden.

Já a carteira de crédito do BTG atingiu R$ 250 bilhões — um crescimento significativo – mas apesar disso, “o crédito como percentual do patrimônio permanece bem abaixo daquele dos grandes bancos do Brasil, que tinham uma média próxima de 7x no terceiro tri.”

Os esforços de diversificação do BTG levaram a uma menor dependência do banco dos resultados de sales & trading, que representavam cerca de 30% da receita em 2020 e hoje são 22%.

No relatório, o Citi atualizou suas estimativas para o lucro do BTG de 2025 e 2026 em 5% e 8%, respectivamente, em parte por conta de uma expectativa de um ambiente melhor para o investment banking no ano que vem.

Já a projeção para o ROE sustentável do BTG foi elevada em 50 basis points para 25,5%.

Agora, o Citi projeta um lucro líquido de R$ 16,7 bilhões para 2025 e de R$ 19,8 bilhões para 2026, ligeiramente acima do consenso.

O BTG vale R$ 251 bilhões na B3, com a ação praticamente dobrando de valor desde o início do ano. O banco negocia a 10,9x o lucro estimado para o ano que vem e a um price-to-book de 2,6x.

Todo o sellside agora tem um ‘buy’ no papel, exceto pelo JP Morgan, que tem ‘neutro’.