A Vivant — marca brasileira de vinho em lata — acaba de fechar uma rodada Series A que avalia a empresa em R$ 55 milhões, num momento de forte expansão das vendas e entrada de novos concorrentes.

11184 e7ce8239 737c 13fe 7334 a6db96a67ffaA captação vem na mesma semana em que a startup fechou um contrato de fornecimento com o Grupo Pão de Açúcar, que vai vender as latinhas da marca em mais de 500 pontos de venda em todo o Brasil.

Hoje, a Vivant já está em 3 mil pontos de redes como St. Marché, Super Nosso (em Minas), Zona Sul (no Rio) e Grupo Mateus, e tem parte relevante de sua receita vinda do ecommerce. (A marca já é a mais vendida da categoria na Amazon Brasil).

A rodada, de R$ 5 milhões, foi liderada por um grupo do setor de entretenimento do Rio e teve a participação de alguns investidores anteriores como ex-CFO da Neogás e ex-vp da Brookfield Energia no Brasil, Luiz Fernando Nogueira. Nelson Teich, que teve uma passagem-relâmpago pelo Ministério da Saúde, também é investidor.

A Vivant espera fechar o ano com faturamento de R$ 8 milhões — oito vezes mais que no ano passado — e mais de 1 milhão de latinhas vendidas.

Os targets de faturamento são agressivos: R$ 22 milhões em 2021; R$ 50 mi em 2022; R$ 75 mi em 2023; e R$ 95 mi em 2024.

O crescimento virá da entrada em novos varejistas e da internacionalização da marca, que já começou a exportar para o México e Peru. Os próximos destinos: Estados Unidos, China e Europa. 

“O consumo de vinho em lata está crescendo de forma brutal no mundo todo, com o mercado multiplicando por 90x nos últimos 10 anos,” o cofundador Leonardo Atherino disse ao Brazil Journal. “Mas ele tem funcionado melhor em países que não tem uma tradição tão forte com o vinho.”

Fundada no início do ano passado, a Vivant criou uma marca para os millennials, um público que consome cada vez mais vinho no Brasil e ainda não tinha uma marca da bebida para chamar de sua. A proposta é ter uma bebida leve (o teor alcoólico dos vinhos da Vivant é em torno de 11%, frente à média de 12,5% do mercado) e ideal para beber gelada.  

No Brasil, a startup foi a primeira a introduzir a inovação, mas cada vez mais empresas estão enlatando o vinho.

Nos últimos meses, marcas como a Lovin’ Wine, do ex-sócio da XP Eduardo Glitz, e a Vibra!, uma linha própria da Evino, começaram a vender no ecommerce. No ano passado, a Anheuser-Busch Inbev também entrou no páreo com a compra da marca Babe nos EUA — mas ainda não trouxe a bebida ao Brasil. 

11185 d375612e 0cc5 c650 e694 5616ad07a574“O vinho em lata ainda tem muito espaço para crescer e nos primeiros anos todo mundo vai aumentar sua fatia,” diz Alex Homburger, o outro fundador. O terceiro sócio e COO é Andre Nogueira, que trabalhou anos na Souza Cruz.

A rodada vai ajudar a Vivant a investir mais em marketing e dobrar o tamanho de sua equipe.

A empresa começou a veicular um comercial no intervalo do MasterChef, da Band, e pretende investir forte também no digital — além de começar o que os fundadores chamam da ‘primeira campanha de verão de vinho no Brasil’.

A capitalização também vai financiar a construção de uma fábrica própria na região de Caxias do Sul, onde fica a vinícola que fornece o vinho para a empresa. Nas próximas semanas, a Vivant também vai lançar dois novos produtos: frisantes em lata branco e rosé. 

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