No final de 2018, Bruno Lima pegou a fórmula de uma bebida americana de que gostava, adicionou alguns ingredientes funcionais e – voilà – criou o SuperCoffee — um suplemento que dá energia, melhora a performance durante os treinos e ajuda na concentração.
No ano passado, a Caffeine Army — a empresa dona do SuperCoffee — faturou R$ 106 milhões com uma margem EBITDA de suculentos 47%, e este ano, deve faturar R$ 140 milhões.
A ascensão meteórica do negócio foi totalmente bootstrap. Bruno ainda é dono de 93% do negócio, e o restante está nas mãos de executivos que recebem stock options.
Agora, a Caffeine Army está se preparando para dar largada a uma estratégia de internacionalização — começando pelos Estados Unidos, um mercado 20 vezes maior que o Brasil para produtos de wellness.
A companhia começa a vender o SuperCoffee nos Estados Unidos esta semana, inicialmente por meio de um ecommerce próprio e pela Amazon.
A expectativa é faturar US$ 8 milhões já no primeiro ano entrando em grandes redes como Whole Foods e GNC (a cadeia especializada em suplementos).
“Tem uma comunidade muito forte de brasileiros nos EUA,” Bruno disse ao Brazil Journal. “No início nossa ideia é mirar nesse público, que já conhece nosso produto.”
A Caffeine Army vai precificar o SuperCoffee a US$ 42 – um preço superior ao do Brasil (R$ 129), o que vai turbinar a margem EBITDA da operação.
“Como vamos produzir no Brasil e exportar, o custo de produção vai ser o mesmo mas com um preço de venda bem maior,” disse ele. “É verdade que tem um custo logístico a mais, o da exportação, mas é pequeno.”
A expectativa é operar nos EUA com uma margem EBITDA de 55%, em comparação aos 47% do Brasil.
Depois de crescer nos EUA, a Caffeine Army planeja levar o SuperCoffee para a Europa e a América Latina.
Além da internacionalização, a Caffeine Army também está expandindo seu portfólio. A empresa comprou recentemente a Sublyme, que produz o Morning Shot — um shot matinal instantâneo com própolis, vitamina C e outros ingredientes saudáveis.
Nos próximos meses, vai lançar também uma barrinha energética com a mesma fórmula do SuperCoffee.
A empresa também não descarta M&As de marcas menores dentro da categoria em que opera. “Queremos ser uma espécie de P&G de produtos saudáveis e funcionais,” disse o fundador.
Com a internacionalização e as novas categorias, a Caffeine Army pretende dobrar seu faturamento no ano que vem, batendo R$ 270 milhões.