O varejo brasileiro está se reinventando. Com as margens apertadas e a competição acirrada, redes de varejo de todos os tamanho enxergam nos serviços financeiros um caminho para diversificar a receita e fidelizar clientes. E a Celcoin, empresa pioneira em infraestrutura de Embedded Finance e Banking as a Service (BaaS) no Brasil, se coloca na linha de frente dessa transformação.

A oferta de serviços financeiros no varejo não é novidade. Há mais de uma década, os famosos carnês de crediários e os cartões private label para financiar compras já se faziam presentes.

Mas com o avanço da tecnologia e da regulação bancária, surgiram novas alternativas para criação de experiências muito mais fluidas e completas, além de menor custo – nesse sentido, a proposta da Celcoin se apresenta como uma oportunidade de explorar o ecossistema do varejo em todas as suas frentes: distribuidores, lojistas, clientes, fornecedores e até funcionários.

Agora é muito mais fácil para o varejista oferecer soluções para lojistas que vão além de aceitar múltiplas formas de pagamento – sejam eles franqueados, pontos de venda ou autônomos. É possível, por exemplo, disponibilizar contas digitais da sua marca própria, garantindo que todos os pagamentos sejam recebidos diretamente nessas contas, em vez de serem direcionados a um banco tradicional.

Com isso, os varejistas não apenas geram uma nova receita por meio do float financeiro, mas também abrem oportunidades para oferecer crédito, antecipar pagamentos diretamente aos seus pontos de venda e disponibilizar outros produtos financeiros. Se o Mercado Livre construiu com enorme sucesso o Mercado Pago utilizando tecnologia e licenças próprias, hoje a Celcoin torna essa mesma infraestrutura e licenciamento acessíveis a qualquer varejista ou marketplace, seja ele físico ou digital.

Para completar, o varejista pode continuar financiando diretamente seus clientes, mas com dois grandes avanços.

O primeiro é que não existe mais necessidade de altos investimentos na criação de instituições financeiras proprietárias; no passado, diversas financeiras foram criadas com este objetivo. Hoje, o modelo de Banking as a Service permite que, além da tecnologia, todas as soluções regulatórias de KYC, compliance, conexões com o Banco Central, entre outras, sejam fornecidas através de um modelo as a service pela Celcoin, que já é regulada pelo Banco Central desde 2021.

O segundo é a melhora na experiência do usuário: carnês e cartões private labels podem ser substituídos por apps, pagamentos via Pix e o BNPL (Buy Now, Pay Later).  

Juntos, estes dois fatores permitem que o varejo financie diretamente seus clientes para alavancar suas vendas de uma forma mais simples, fluida e em maior escala – e com um custo de oportunidade consideravelmente menor.

Os fornecedores também são impactados, e passam a contar com soluções mais flexíveis de antecipação dos recebíveis de seus serviços e produtos. Essas soluções podem ser ofertadas pelo próprio varejista através da infraestrutura da Celcoin, promovendo uma maior eficiência no fluxo de caixa para toda sua cadeia de valor.

Na infraestrutura da Celcoin, há também iniciativas, ainda incipientes, do varejo para seus funcionários, com grandes redes oferecendo crédito na modalidade de consignado privado diretamente para os colaboradores.

A transformação financeira no varejo em números

Dados recentes de um levantamento encomendado pela Celcoin mostram que o setor já está colhendo frutos do potencial dessa mudança de paradigma trazida pelo embedded finance.

O Grupo Guararapes – o dono da Riachuelo –, por exemplo, já conta com 26,46% de sua receita proveniente de serviços financeiros. O Magazine Luiza, por sua vez, segue com 6,81%, enquanto o Carrefour registra 4,56% de sua receita advinda dessas operações.

Já empresas de perfil mais tradicional, como a Renner e a Marisa, ainda que com uma representatividade mais modesta (1,09% e 1,24%, respectivamente), já reconhecem o impacto positivo dessa estratégia em seus balanços. Esses números indicam que o potencial de integração financeira no varejo brasileiro está apenas começando a ser explorado, e a tendência é de crescimento nos próximos anos.

Embedded finance potencializando outras indústrias

Se praticamente todas as indústrias possuem seus fornecedores, clientes, distribuidores e funcionários diretos, a transformação do varejo é só o começo.

“O objetivo da Celcoin é se tornar o parceiro estratégico de todas as indústrias na criação de seus ecossistemas financeiros próprios,” disse Marcelo França, o CEO da Celcoin. “Depois de apoiar a entrada das principais fintechs no mercado, queremos agora ser o motor por trás da desconcentração bancária e permitir que todas as indústrias tenham acesso a receitas financeiras geradas por seus clientes, que hoje estão com os grandes bancos. Estamos apenas no começo dessa jornada.”

Segundo ele, o embedded finance é a tendência que vai modificar o segmento financeiro nas próximas décadas.

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