A Azul vai começar a operar um vôo direto para Paris, saindo de Viracopos e pousando em Orly.
A nova rota vai estrear em 26 de abril.
Um novo destino internacional estava nos planos da Azul há pelo menos doze meses. Além de Paris, a companhia também estudou Nova York e Londres como opções.
Hoje, dentre os destinos internacionais, a Azul só voa para Lisboa, Fort-Lauderdale e Orlando.
Com o arrefecimento da pandemia, a recuperação dos voos internacionais tem sido mais rápida do que o esperado pelo mercado – e a Azul quer aproveitar isso, inclusive para atrair um novo tipo de público para a companhia, além de ampliar a receita de seu negócio de cargas.
“Os voos para Lisboa e Estados Unidos ainda são muito frequentados por turistas e por aqueles que vão visitar a família. Acreditamos que Paris vai trazer um público mais corporativo, até pela quantidade de empresas francesas que existem no Brasil,” disse André Mercadante, diretor de planejamento da Azul.
Segundo o executivo, a nova rota só foi viabilizada por causa da aeronave escolhida. O novo Airbus A350, que tem capacidade para 334 passageiros, consome 30% menos combustível do que os aviões de gerações anteriores. A companhia fará um acordo de leasing para mais dois aviões – chegando a quatro A350 no total.
A preocupação com a situação financeira da Azul continua grande no mercado.
Os dados preliminares de janeiro mostraram crescimento no tráfego de passageiros (RPKs) de 21,3%, e de capacidade (ASK) de 23,5%. O sellside gostou dos números mas segue cauteloso com o futuro da empresa.
“O momento operacional da Azul parece bom, mas gostaríamos de ter mais visibilidade na gestão dos passivos antes de adotarmos uma postura mais positiva,” escreveu o analista do Itaú BBA Daniel Gasparete.
Em entrevista recente ao Brazil Journal, o CEO John Rodgerson confirmou que a empresa só deve ter fluxo de caixa positivo em 2024.
As ações da Azul atingiram seu menor valor histórico hoje. Nos últimos doze meses, a queda é de 72%. A companhia vale R$ 2,7 bilhões na Bolsa.