A Vanguarda Agro, empresa de propriedades rurais e produção de grãos, deve colher este ano uma safra de 50 sacas de soja por hectare, contra 44 sacas/hectare ano passado.
Esta é a primeira safra sob responsabilidade de Arlindo Moura, CEO da empresa, que veio da concorrente SLC Agrícola.
O processo de reestruturação da empresa foi iniciado no final de 2012, com um aumento de capital de R$300 milhões feito pelos acionistas, a saída do investidor espanhol Enrique Bañuelos, e a chegada de Arlindo em janeiro de 2013. O CEO assinou um contrato de cinco anos, prazo no qual pretende levar a companhia para o mesmo nível de produtividade da SLC e atingir outras metas, como 500 mil hectares de área plantada com 50% em terras próprias (hoje são 280 mil hectares e só 25% em terras próprias).
A safra poderia ter sido ainda melhor não fossem as chuvas de março que caíram em Mato Grosso, onde a empresa tem cerca de 85% de sua produção de soja. A chuva atrapalha a colheita porque desidrata a soja e diminui seu peso.
No Brasil como um todo, a quebra foi maior em termos percentuais: a CONAB, que inicialmente estimava a safra 2013/2014 em 92 milhões de toneladas de soja, agora prevê cerca de 85 milhões.
Quando reportar os resultados do primeiro trimestre, a Vanguarda Agro deve anunciar o primeiro lucro depois de 10 anos de prejuizo nas companhias que deram origem à Vanguarda Agro: a antiga Vanguarda, a Maeda e a Brasil Ecodiesel. A companhia divulgará o balanço do trimestre em 24 de abril.
Os principais acionistas da Vanguarda Agro são a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga; os irmãos Helio e Salo Seibel, proprietários da Leroy Merlin no Brasil e acionistas relevantes da Duratex; e Otaviano Pivetta, dono da antiga Vanguarda. O investidor Silvio Tini, através da Bonsucex, também tem uma participação relevante na empresa.