Cinco investidores imobiliários estão disputando o terreno da Ford no centro de São Bernardo do Campo, onde jaz, desativada, uma das mais antigas fábricas de automóveis do Brasil.

Autonomy, Brookfield, GLP e Prologis estão participando da disputa.  A Exeter Property Group, uma gigante americana que quer entrar no Brasil, também submeteu uma oferta.
 
A transação — que deve incluir pagamento a prazo — deve sair num valor presente estimado entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões.
 
A corretora CBRE está coordenando o processo, e o resultado deve sair nos próximos dias.

O terreno de 1 milhão de metros quadrados — na Avenida Taboão, 899 — tem vocação francamente logística, com acesso fácil à rodovia Anchieta e potencial construtivo estimado de quase 500 mil metros quadrados, o que faria dele um dos maiores condomínios logísticos do País, comparável ao que a GLP comprou da Dersa em Guarulhos.  

O leasing de galpões em áreas relativamente próximas está ao redor de R$ 29 por metro quadrado.

A Ford fabricou carros ali durante cinco décadas, até interromper as atividades em outubro do ano passado.

A primeira fábrica abriu no local em 1954, com a produção do Jeep Willys pela montadora Willys-Overland. Em 1967, a Ford comprou a Willys e assumiu a planta.

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Outra transação no mercado envolve a velha fábrica da Nadir Figueiredo, na Marginal Tietê.  
 
O terreno de 105 mil metros tem uma localização ainda mais premium que o da Ford:  fica na Vila Guilherme e pode acomodar 70 mil metros de galpão.  
 
Cerca de quatro anos atrás, a BR Malls comprou o terreno para construir um shopping, mas acabou distratando.  
 
Dada a localização, as ofertas por este terreno devem atrair tanto players de logística quanto de Minha Casa Minha Vida.